São Paulo, 02/10/2025 - O mercado imobiliário da cidade de São Paulo teve um aumento de 3,7% nos lançamentos e uma queda de 19% nas vendas no mês de agosto, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo
Sindicato da Habitação (Secovi-SP).
Os lançamentos em agosto tiveram um aumento de 3,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 9,3 mil casas e apartamentos. No acumulado dos últimos 12 meses até agosto, os lançamentos cresceram 37%, totalizando 124,3 mil unidades.
Já as
vendas de imóveis residenciais novos em agosto tiveram uma queda de 19% na comparação anual, para 7,9 mil unidades. No acumulado dos últimos 12 meses, a comercialização aumentou iguais 19%, para 109,9 mil unidades.
A velocidade de vendas (que mede a quantidade de unidades vendidas em relação ao estoque disponível) em agosto foi de 10,8%, o que representa um recuo perante os 15,3% de um ano antes.
A pesquisa do Secovi-SP mostrou também que o estoque de imóveis novos disponíveis para venda (considerando unidades na planta, em obras e recém-construídas) cresceu 20,3% em um ano, para 65 mil unidades.
No ritmo atual das vendas, esse estoque seria suficiente para abastecer a demanda por seis meses em casos de moradias populares, onde a liquidez é maior, e por nove meses no segmento de médio e alto padrão.
MCMV já responde por 60%
O Minha Casa Minha Vida tem respondido por uma fatia cada vez maior do mercado imobiliário na cidade de São Paulo, segundo a pesquisa do Sindicato da Habitação (Secovi-SP).
As vendas de imóveis dentro do programa habitacional na capital paulista cresceram 36% no acumulado dos últimos 12 meses até agosto, chegando a 66 mil unidades. Com isso, o MCMV já responde por 60% das vendas totais (ante 53% um ano atrás).
No caso dos lançamentos, os projetos dentro do MCMV dispararam 35% nos últimos 12 meses, para 74,8 mil unidades. Eles representaram 60% do total de lançamentos (ante 61% um ano atrás).
Já no caso dos empreendimentos do setor de médio e alto padrão (que engloba unidades acima de R$ 500 mil), o desempenho foi mais discreto. As vendas nos últimos 12 meses ficaram estáveis em 43,9 mil unidades, enquanto os lançamentos aumentaram 40%, para 49,5 mil unidades.
Os projetos do MCMV deslancharam desde que as novas regras do programa passaram a valer, em 2023, com redução dos juros e aumento dos subsídios e facilitação. Outra contribuição veio dos programas estaduais, com oferta de subsídios adicionais como entrada para aquisição da casa própria. Neste ano, o governo federal ampliou a abrangência do MCMV para imóveis de até R$ 500 mil. Até então, ia até R$ 350 mil.
Por sua vez, os empreendimentos do setor de médio e alto padrão são financiados com linhas de mercado, com subida das taxas de juros nos últimos meses. Esse fator tem esfriado os negócios no segmento.