São Paulo, 15/08/2025 - As ofertas no mercado de capitais somaram R$ 394,9 bilhões entre janeiro e julho, 10,8% abaixo do mesmo período de 2024, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Só em julho, as empresas levantaram R$ 65,2 bilhões, segundo maior resultado mensal de 2025.
“O volume expressivo mostra a contribuição dos instrumentos para viabilizar as estratégias de negócios das empresas. E a renda fixa deve continuar predominante com a expectativa de manutenção da Selic no patamar atual nos próximos meses”, afirma Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.
As debêntures lideram: R$ 46,4 bilhões em julho - maior valor do ano - e R$ 238,9 bilhões no acumulado, queda de 7,0%. Os recursos foram destinados a infraestrutura (37,3%), rolagem de dívidas (25,7%) e capital de giro (17,0%). O prazo médio dos papéis é de 7,9 anos.
As notas comerciais renderam R$ 3,5 bilhões no mês e R$ 34,1 bilhões no ano, alta de 39,7%. Por meio dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), as companhias captaram R$ 5,8 bilhões em julho e R$ 46,5 bilhões em 2025, avanço de 9,5%.
Entre os papéis lastreados em recebíveis, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) somam R$ 27,3 bilhões no ano; os do agronegócio (CRAs), R$ 16,6 bilhões. Nos Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs), as ofertas caíram 26,9%, para R$ 24,1 bilhões.
No exterior, as emissões de renda fixa alcançaram US$ 22,0 bilhões, já acima do total de 2024. As empresas respondem por 59,8% das captações, seguidas da República (23,7%) e dos bancos (16,6%).