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Por Cícero Cotrim, Juliana Garçon e Gabriela da Cunha, da Broadcast
redacao@viva.com.brBrasília e Rio de Janeiro, 06/08/2025 - O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse há pouco que o sucesso "estrondoso" do Pix representa uma complementaridade importante de tecnologias para a inclusão financeira.
"Têm se tentado apresentar o Pix em contraposição a outras tecnologias e não há isso. Não há rivalidade entre Pix e cartões, não tem um canibalizando o outro. O que vemos é que o Pix produziu bancarização. Com mais gente no sistema, o uso de cartões [débito e crédito] só cresce", enfatizou.
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Galípolo participa do Blockchain.RIO, evento focado em tecnologia blockchain e Web3, realizado no Rio de Janeiro. Ele reforçou que os avanços obtidos com o Pix só ocorreram porque houve uma "corrida de bastão" dentro do Banco Central, em que um presidente passou suas entregas para outro.
"A discussão do Pix começa em 2013, em 2018 são divulgados os requisitos técnicos e em 2020 é lançado. De lá para cá, vemos esse resultado estrondoso", ressaltando alguns números, como o uso por mais de 150 milhões de pessoas físicas, 15 milhões de empresas e R$ 2,8 trilhões movimentados só em junho.
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O presidente do BC disse ainda que a autoridade monetária segue conservadora na política monetária e, ao mesmo tempo, tem êxito na trilha da inovação. "Seguimos com conservadorismo de autoridade monetária, mas com sucesso na inovação".
"Bancos Centrais normalmente têm lógica mais conservadora, que é contrária à inovação", comentou, explicando: "Às vezes, é difícil encaixar o BC nas figuras jurídicas do Estado".
Galípolo afirmou que o BC dá continuidade ao trabalho de inovação, frisando que está "na cultura" da autoridade monetária. O executivo comentou ainda o sucesso do Pix: de acordo com ele, só foi possível avançar no Pix porque houve "corrida de bastão", com um presidente do BC passando suas entregas para o seguinte. A história do meio de pagamento, relembrou, começou com relatório de pagamentos de varejo de 2013.
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