Pix: os 9 golpes mais comuns que ainda fazem vítimas no Brasil

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Em muitos casos, tudo começa com uma ligação ou mensagem, aparentemente enviada por uma central de atendimento - Foto: Envato Elements
Em muitos casos, tudo começa com uma ligação ou mensagem, aparentemente enviada por uma central de atendimento

Por Joyce Canele

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Publicado em 18/07/2025, às 14h40

São Paulo, 18/07/2025 - Os golpes com o uso do Pix estão se tornando cada vez mais sofisticados e diversificados. Em muitos casos, tudo começa com uma ligação ou mensagem, aparentemente enviada por uma central de atendimento bancária, em que os criminosos criam um clima de urgência para confundir a vítima e obter vantagem.

Confira abaixo 9 golpes mais utilizados por criminosos:

1. Pix errado

Nesse tipo de fraude, o golpista transfere um valor para a conta da vítima e, logo em seguida, entra em contato dizendo que enviou o dinheiro por engano.

Com uma conversa convincente e ágil, ele tenta induzir a devolução de um valor maior do que foi originalmente transferido. O criminoso aposta na boa-fé e no senso de urgência da pessoa para provocar o erro.

Para evitar esse prejuízo, é fundamental consultar o extrato e confirmar a origem da transação antes de qualquer devolução. Também é recomendado buscar orientação diretamente com o banco, utilizando canais oficiais.

2. Robô do Pix

Os golpistas usam redes sociais e mensagens privadas para divulgar supostas oportunidades de investimento que prometem retorno financeiro alto e imediato. A condição para participar é simples:

  • Fazer um Pix para uma conta indicada.
  • Depois do pagamento, os criminosos desaparecem sem deixar vestígios.

O alerta aqui é claro: desconfie de propostas com lucros fora da realidade e evite tomar decisões apressadas. Sempre pesquise a origem da oferta antes de realizar qualquer tipo de transferência.

3. Comprovantes falsos de Pix

Em algumas situações, os criminosos utilizam comprovantes falsos de Pix como parte da armadilha. Eles enviam imagens forjadas ou editadas, alegando que o pagamento foi feito. A vítima, acreditando na veracidade do documento, entrega produtos ou libera serviços sem checar o saldo bancário.

A melhor defesa contra esse tipo de golpe é sempre verificar diretamente na conta se o valor realmente foi creditado. Para transações de maior valor, o ideal é aguardar a confirmação da instituição financeira antes de concluir a entrega.

4. Clonagem do WhatsApp

A clonagem do WhatsApp também tem sido usada para aplicar fraudes via Pix. Os criminosos obtêm acesso à conta do aplicativo e, se passando pela pessoa, pedem transferências com urgência para amigos e familiares. A conversa costuma vir acompanhada de justificativas emocionais e convincentes.

Para evitar cair nessa armadilha, é importante:

  • Desconfiar de mensagens pedindo dinheiro repentinamente;
  • Não compartilhar códigos de verificação; e
  • Ativar a autenticação em duas etapas no WhatsApp.

5. Bug do Pix

Outro golpe muito divulgado nas redes sociais envolve a falsa promessa de um “bug do Pix”, que supostamente duplica o valor transferido. Os criminosos criam vídeos e prints falsos para convencer as vítimas de que basta enviar uma quantia para determinada chave para receber o dobro de volta. Em alguns casos, eles até enviam valores pequenos como isca.

O objetivo é convencer a vítima a transferir valores altos que nunca serão devolvidos. Trata-se de uma fraude clássica disfarçada de oportunidade imperdível.

6. Falsa central de atendimento

Golpe clássico! Os golpistas se passam por funcionários de instituições financeiras, alegam irregularidades na conta e solicitam dados confidenciais, como senhas ou códigos de segurança. Eles usam ligações ou mensagens com aparência profissional para parecerem legítimos.

A recomendação é nunca fornecer dados sensíveis em atendimentos não solicitados. Sempre confirme qualquer contato diretamente com o banco, acessando os canais oficiais.

7. Falso prêmio

Um golpe que também vem ganhando força é o do falso prêmio ou sorteio. A vítima recebe uma mensagem dizendo que foi sorteada ou ganhou um prêmio, mas que precisa pagar uma taxa via Pix para liberar o valor. A proposta é feita de forma convincente, mas o único objetivo é tirar dinheiro das vítimas.

8. Instalação de malwares

Outra armadilha envolve a instalação de malwares (termo geral para softwares maliciosos projetados para danificar, roubar dados ou obter acesso não autorizado). Por meio de links ou aplicativos enviados por golpistas, a vítima instala, sem saber, um vírus que permite acesso remoto ao celular.

Esse tipo de programa pode alterar o funcionamento do aplicativo do banco e permitir que os criminosos realizem transações sem o conhecimento do usuário. Em muitos casos, a vítima é induzida a acessar um site falso para registrar suas chaves Pix, fornecendo dados pessoais como CPF, telefone ou e-mail, que acabam nas mãos dos fraudadores.

9. Golpe Mecanismo de Devolução

Um detalhe importante sobre o golpe do Pix errado é a utilização do Mecanismo Especial de Devolução, criado pelo Banco Central. Nesse caso, o golpista, após fazer contato com a vítima e convencê-la a devolver o valor, também aciona esse mecanismo, alegando que foi enganado.

A instituição financeira, ao analisar o caso, pode acabar retirando novamente o dinheiro da conta da vítima, que sofre o prejuízo duas vezes.

Como evitar cair nos golpes? 

Para evitar essas situações, é essencial adotar práticas seguras no uso do Pix:

  1. Nunca realize transferências para liberar acesso à conta;
  2. Desconfie de qualquer solicitação urgente de dinheiro;
  3. Evite baixar arquivos ou clicar em links suspeitos (mesmo enviados por pessoas confiáveis);
  4. Os bancos e empresas não pedem senhas por e-mail, mensagem ou telefone;
  5. Antes de realizar qualquer operação, confirme se o destinatário é de fato quem você imagina;
  6. Qualquer dúvida, entre em contato diretamente com a instituição (sempre pelo site oficial);
  7. As chaves Pix devem ser cadastradas apenas pelo aplicativo oficial do banco;
  8. O Banco Central não permite o registro por telefone, o que torna qualquer ligação suspeita;
  9. Desconfie de páginas que imitam o visual de bancos conhecidos; e
  10. Verifique os links e pesquise sobre possíveis fraudes associadas a esses sites.

Manter a atenção e seguir essas orientações pode fazer toda a diferença para proteger seu dinheiro. Os golpes com Pix evoluem, mas a informação ainda é a melhor ferramenta de prevenção.

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