Inflação medida pelo IPCA sobe 0,24% em junho, aponta IBGE

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Os preços do grupo Transportes subiram 0,27% em junho, após queda de 0,37% em maio - Adobe Stock
Os preços do grupo Transportes subiram 0,27% em junho, após queda de 0,37% em maio

Por Daniela Amorim, da Broadcast

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Publicado em 10/07/2025, às 10h03 - Atualizado às 11h02
Rio, 10/07/2025 - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou junho com alta de 0,24%, praticamente estável em relação a uma elevação de 0,26% reportada em maio, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam um aumento entre 0,14% e 0,26%.
A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 2,99%. O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 5,35%, resultado dentro das projeções dos analistas, que iam de 5,25% a 5,37%, com mediana de 5,31%.

Transportes e Alimentação

Os preços de Transportes subiram 0,27% em junho, após queda de 0,37% em maio. Segundo dados apurados pelo IBGE,  os preços de combustíveis tiveram queda de 0,42% em junho, após recuo de 0,72% no mês anterior. A gasolina caiu 0,34%, após ter registrado queda de 0,66% em maio, enquanto o etanol recuou 0,61% nesta leitura, após queda de 0,91% na última.
Já os preços do grupo Alimentação e bebidas caíram 0,18% em junho, após alta de 0,17% em maio.  Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,43% em junho, após ter avançado 0,02% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,46%, ante alta de 0,58% em maio.

Habitação e Energia

Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 1,19% em maio para uma alta de 0,99% em junho.
No período, a energia elétrica residencial aumentou 2,96%, impulsionada pela entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 1 no mês de junho, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos.
Além da mudança na bandeira tarifária, houve ainda reajustes de 7,36% em Belo Horizonte em 28 de maio, de 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre em 19 de junho, de 1,97% em Curitiba em 24 de junho e redução de 2,16% nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro em 17 de junho.
 A energia elétrica residencial já acumula uma alta de 6,93% no ano, principal pressão individual para a inflação do período, uma contribuição de 0,27 ponto porcentual para a alta de 2,99% acumulada pelo IPCA. "A alta acumulada na energia elétrica no primeiro semestre foi a maior para um primeiro semestre desde 2018, quando foi 8,02%", observou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE.
Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto subiu 0,59%, devido a reajustes de 9,88% em Brasília a partir de 1º de junho, de 4,76% em Rio Branco em 1º de maio, de 3,83% em Curitiba em 17 de maio e de 6,58% em Porto Alegre desde 4 de maio.
Palavras-chave IBGE IPCA inflação preços

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