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Por Joyce Canele
[email protected]A chegada de um neto marca o início de uma nova etapa repleta de descobertas e emoções. Mas ser avô ou avó no século 21 vai muito além do papel tradicional de cuidar e mimar.
Hoje, os avós estão mais ativos, informados e presentes na vida familiar, mas também enfrentam o desafio de equilibrar afeto, limites e respeito pelas decisões dos pais.
A transformação dos laços familiares, aliada às mudanças sociais e culturais, trouxe novas responsabilidades e possibilidades para quem assume esse papel pela primeira vez.
Segundo a Oficina dos Avós, desenvolvida pela Unimed, o papel dos avós na sociedade atual exige mais escuta, diálogo e sensibilidade. Isso porque, diferente das gerações anteriores, muitos avós de hoje ainda trabalham, têm vida social ativa, cuidam da própria saúde e buscam autonomia.
Ao mesmo tempo, são uma peça-chave na rede de apoio que sustenta os pais, especialmente nas fases iniciais da criação dos filhos.
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Mas afinal, como é ser avô ou avó hoje? No século 21, o desafio vai além de cuidar: envolve criar vínculos afetivos, respeitar os limites dos pais e se abrir para novas formas de educar, convivendo com empatia e aprendendo com as novas gerações.
No século 21, a relação entre avós, filhos e netos se tornou mais horizontal. A autoridade não vem mais apenas da idade ou da experiência, mas do vínculo afetivo construído no dia a dia.
Em vez de impor conselhos, espera-se que os avós saibam compartilhar sua vivência com empatia e estejam abertos às novas formas de educar, muitas vezes bem diferentes das que conheceram ao criar seus próprios filhos.
Outro aspecto importante dessa nova etapa é a necessidade de respeitar os limites dos pais. Embora tenham muito a contribuir, os avós precisam entender que a criação e as decisões sobre a rotina, os hábitos e os valores dos netos são de responsabilidade dos pais. Isso exige um esforço de adaptação, principalmente para quem foi educado em modelos mais rígidos e hierárquicos.
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Além disso, os avós do século 21 têm a chance de viver essa etapa com mais consciência e liberdade. Ao se aproximarem dos netos, não apenas fortalecem os laços familiares, mas também se redescobrem.
A convivência intergeracional permite que compartilhem histórias, valores e tradições, ao mesmo tempo, em que aprendem com as novas gerações, seja sobre tecnologia, linguagem ou novas formas de enxergar o mundo. Ser avô ou avó hoje é:
É um convite para participar da vida dos netos com respeito, afeto e disposição para aprender.
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Essa nova forma dos avós viverem no século 21 pode ser transformadora, tanto para os adultos quanto para os netos, e tem o poder de criar vínculos mais saudáveis e duradouros em toda a família.
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