Brasileiros reduzem consumo de CDs e LPs e optam por apps de música, aponta pesquisa

São Paulo, 24/09/2024 - A era digital está mudando a forma como os brasileiros consomem música. Um levantamento realizado pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados apontou que quase metade da população das classes A, B e C deixou de ouvir CDs e LPs após aderir a serviços de streaming, como Spotify e Deezer.

Segundo os dados, 45% dos entrevistados afirmaram ter reduzido muito ou até abandonado de vez os formatos físicos. 

A mudança é mais visível entre os Baby Boomers (61 a 79 anos), grupo em que 76% disseram ter diminuído ou parado de escutar discos. 

A Geração X (45 a 60 anos) aparece em seguida, com 55%. Já entre os mais jovens, como Millennials (29 a 44 anos) e Geração Z (13 a 28 anos), o percentual cai para 36%.

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Juventude mantém interesse no físico

Apesar do predomínio do digital, o estudo indica que parte das novas gerações vem redescobrindo o vinil e o CD. Cerca de 26% da Geração Z e 21% dos Millennials afirmaram ter aumentado o consumo desses formatos. 

Para especialistas, esse comportamento mostra que os discos estão se transformando em itens de coleção ou em complemento à experiência digital.

“Os Baby Boomers, que cresceram com o vinil e o CD, foram justamente os que mais abandonaram esses formatos, mostrando a praticidade do streaming. Já os mais jovens, que nasceram no digital, enxergam o físico como objeto de valor cultural e afetivo”, analisa Marcelo Tokarski, CEO da Nexus.

Streaming domina o cenário

A pesquisa revela que oito em cada dez brasileiros das classes A, B e C usam algum serviço de streaming, seja na versão gratuita ou paga. 

O YouTube Music lidera entre as opções gratuitas, com 41% dos usuários, enquanto o Spotify é o preferido entre os pagantes, escolhido por 23% dos entrevistados.

Os principais motivos para assinar um streaming são:

• Grande variedade de músicas (57%).
• Conteúdo exclusivo e original (38%).
• Preço acessível (37%).

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Rádio também foi impactado

O comportamento do público em relação ao rádio também mudou. Entre separados, divorciados ou viúvos, 52% passaram a escutar mais rádio após a chegada do streaming, enquanto 26% afirmaram ouvir menos.