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São Paulo, 01/12/2025 - Esta época do ano a decoração natalina começa a invadir casas, comércio e lugares públicos. Uma grande protagonista deste momento são as árvores de Natal. Há muito tempo, elas deixaram de ser apenas um pinheiro verde cheio de enfeites vermelhos. Hoje, é possível encontrar árvores e enfeites de todos os estilos e preços.
Se você tem dúvidas sobre como deixar sua árvore de Natal ainda mais bonita, a arquiteta e design de interiores Rose Chaves dá algumas dicas para auxiliar na sua decisão.
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De acordo com a profissional, o Natal este ano promete uma decoração mais artística e menos literal. As árvores ganham formas esculturais, bases orgânicas e misturas de materiais inesperados como madeira certificada, fibras naturais, resinas translúcidas e folhagens sintéticas ultrarrealistas.
O visual deixa de ser apenas “festivo” e passa a dialogar com o design contemporâneo. Os estilos mais fortes são minimalista natural, high-glam com brilho acetinado e composições híbridas que misturam galhos secos com elementos metalizados.
O protagonismo fica para os tons champagne, areia metalizada, verde suave, azul profundo e cobre queimado. Também estão em voga combinações tom sobre tom, que criam profundidade sem exagero.
Para quem gosta de impacto, o duo verde-esmeralda e dourado fosco promete ser um dos mais pedidos.
O tradicional vermelho dos enfeites, abre espaço para paletas mais sofisticadas e menos tradicionais.
“O vermelho não desaparece, mas perde exclusividade, porque as casas estão cada vez mais personalizadas. As pessoas querem uma árvore que converse com o estilo da residência e não um ponto completamente destoante. Além disso, paletas mais suaves e sofisticadas trazem sensação de calma, algo muito buscado ultimamente. É uma mudança estética que acompanha o comportamento”, avalia.
O designer de festa Fernando Paulino, concorda que o vermelho abriu espaço para uma tendência mais contemporânea.
"O vermelho não deixou de ser importante, ele continua sendo clássico, mas hoje o consumidor busca composições mais elegantes, limpas e sofisticadas. Cores neutras, metálicas e tons naturais ganharam destaque porque trazem leveza visual, combinam melhor com diferentes estilos de casa e permitem criar uma estética mais moderna. O Natal evoluiu do tradicional carregado, para um tradicional atualizado, e isso abriu espaço para novas paletas", avalia.
Para Rose, o grande diferencial dos enfeites este ano é a textura. Enfeites com acabamentos aveludados, vidro soprado artesanal, bordados metálicos e metais escovados aparecem com força.
As peças orgânicas, como flores preservadas, plumas sintéticas e fibras entrançadas, deixam a árvore mais autoral.
O efeito camada ganha importância: misturar texturas diferentes cria uma árvore mais rica e tridimensional”.
Além das árvores de Natal, as Guirlandas de porta com elementos naturais, arranjos de mesa com velas aromáticas, vasinhos com mini pinheiros, luminárias em forma de estrela e enfeites suspensos em varões ou prateleiras são perfeitos para completar o clima.
Adornos soltos feitos de cerâmica, tecidos rústicos e pequenas esculturas natalinas também funcionam muito bem em aparadores e mesas laterais, dizem os profissionais de decoração.
A sustentabilidade deixou de ser tendência e virou diretriz. A arquiteta acredita que este ano terá mais árvores feitas com plástico reciclado, madeira de reflorestamento e galhos artificiais produzidos com polímeros biodegradáveis. “Além disso, os clientes pedem cada vez mais enfeites duráveis que possam ser usados por muitos anos.
O conceito de 'menos, porém melhor' ganha espaço na decoração natalina”.
Ela ressalta ainda que a iluminação inteligente é um dos grandes destaques. Árvores com LEDs programáveis, controle por aplicativo e variação de cenários conforme a música já são realidade. De acordo com a profissional, as fibras óticas evoluíram e agora garantem brilho homogêneo sem fios aparentes. Sistemas com baixo consumo de energia e timers automáticos também ganharam protagonismo.
Rose avalia ainda que integração com casas inteligentes afeta a escolha da árvore e da iluminação, especialmente nas casas que já utilizam automação.
“As pessoas procuram luzes compatíveis com Alexa, Google Home ou Apple HomeKit, além de sistemas que permitam sincronizar iluminação, trilha sonora e até cenas específicas para festas. A árvore passa a ser parte da experiência imersiva do ambiente”.
Para Paulino, o tamanho mais comum para ambientes internos é entre 1,80 metro e 2,10 metros. "É a medida que melhor se adequa à maioria das casas brasileiras, porque preenche o ambiente sem pesar, cria presença visual e permite uma decoração proporcional e equilibrada", avalia.
Para espaços pequenos, árvores de 1,50 metro funcionam também, e para quem tem pé-direito alto ou salas amplas, árvores acima de 2,40 metros "ficam maravilhosas".
Rose Chaves ressalta ainda que as árvores "slim" continuam populares, principalmente por funcionarem em qualquer tipo de planta.
Já as assimétricas e com galhos secos aparecem em projetos mais conceituais, enquanto as esculturais surgem como peças de design em ambientes contemporâneos.
“A palavra para 2025 é autenticidade, então não veremos um único formato dominante, mas sim escolhas que refletem a personalidade da casa”, pondera.
No caso de espaços menores, ela ainda sugere árvores de parede, modelos magnéticos, estruturas metálicas minimalistas e versões dobráveis.
Há também as árvores multifuncionais, como as que têm prateleiras embutidas para apoiar mini enfeites, livros ou pequenos presentes. “É uma forma charmosa de manter a tradição sem comprometer a circulação”.
Os erros mais frequentes são falta de preenchimento interno, excesso de cores sem coerência e distribuição irregular dos enfeites.
“Para evitar, abra bem os galhos, comece colocando os itens maiores perto do centro e use a técnica do triângulo para distribuir peças semelhantes". Ou seja, posicione três elementos na forma de triângulo, com um mais alto e outros dois formando a base, para buscar uma disposição harmoniosa dos objetos.
Outro ponto essencial é escolher uma paleta e respeitá-la até o final, segundo ela. "Isso garante harmonia e elegância”, conclui.
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