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Por Francine De Lorenzo e Pedro Lima, da Broadcast
redacao@viva.com.brSão Paulo, 10/09/2025 - As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) confirmaram que atingiram "alvos militares" supostamente pertencentes aos houthis nas regiões de Sanaa e Al Jawf, no Iêmen. A ação ocorre no dia seguinte aos ataques israelenses contra alvos do Hamas em Doha, no Catar.
Segundo o exército de Israel, entre os alvos estão campos militares em que os houthis coletavam informações, planejavam e executavam "ataques terroristas" contra israelenses, um depósito de combustível usado pelo grupo e o Departamento de Relações Públicas, "responsável por divulgar mensagens de propaganda na mídia e realizar terror psicológico".
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No entanto, de acordo com o veículo iemenita Masirah TV, os ataques israelenses também tiveram como alvo um posto médico na região de Sanaa, capital do país. A imprensa do Iêmen também menciona que as Forças Armadas do país lançaram "com sucesso" uma série de mísseis terra-ar enquanto enfrentavam a ofensiva de Israel.
A IDF aponta que os ataques são uma resposta às "repetidas investidas" dos houthis, como lançamentos de drones e mísseis contra o território israelense. O exército de Israel pontua, ainda, que o grupo é apoiado pelo Irã.
O governo do Catar enviou, nesta quarta-feira, uma mensagem ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, e ao presidente do Conselho de Segurança neste mês, Sangjin Kim, denunciando o "covarde ataque israelense" que atingiu prédios residenciais em Doha onde viviam membros do Escritório Político do Hamas.
O comunicado foi entregue pela representante permanente do Catar na ONU, Sheikha Alya Ahmed bin Saif al-Thani.
Ao reiterar a condenação, o Catar afirmou que "não tolerará esse comportamento imprudente de Israel e a contínua desestabilização da segurança regional, nem qualquer ato que tenha como alvo sua segurança e soberania". Segundo o comunicado, as investigações estão em curso "no mais alto nível" e novos detalhes serão divulgados assim que disponíveis.
No texto, o Ministério das Relações Exteriores do país expressou sua "mais forte condenação a essa agressão criminosa", que classificou como "uma violação flagrante de todas as leis e normas internacionais" e um "sério risco" à segurança e à proteção dos cidadãos e residentes em seu território.
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