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COP-30 tem obras ainda inacabadas e ritual indígena na entrada

Flávio Contente / Ato Press / Estadão Conteúdo

Manifestação indígena na entrada da COP30 dá pontapé inicial nas manifestações sociais que devem permear o evento em Belém - Flávio Contente / Ato Press / Estadão Conteúdo
Manifestação indígena na entrada da COP30 dá pontapé inicial nas manifestações sociais que devem permear o evento em Belém

Por Karla Spotorno, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 06/11/2025, às 10h26
São Paulo, 06/11/2025 - A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que acontece em Belém até o dia 21 de novembro, ainda tem obras inacabadas. Na véspera da abertura da Cúpula de Líderes, que tem início nesta quinta-feira, 6, a construção do recinto que vai receber 57 chefes de Estado ainda não havia sido concluída. A reportagem questionou a secretaria extraordinária da COP-30 sobre o atraso das obras, mas não obteve resposta.
Na chamada "zona azul" da Organização das Nações Unidas (ONU), onde acontecerão as negociações climáticas e reuniões da Cúpula de Líderes, na quarta-feira (5) operários ainda finalizavam a montagem do espaço reservado para os presidentes.
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Na área reservada para a Cúpula de Líderes, além de um espaço de convivência dos chefes de Estado, há uma espécie de gabinete presidencial, de onde Luiz Inácio Lula da Silva despachará quando necessário.
Há expectativa de que, ao chegarem, os líderes façam uma foto de cumprimento com Lula e depois sejam direcionados para o espaço de convivência antes de ingressarem nas reuniões, que ocorrerão em plenárias. Esses locais são isolados da imprensa e das demais estruturas da COP-30.
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Fora do caminho por onde passarão as comitivas presidenciais, as obras estão mais atrasadas. Na entrada comum da zona azul, boa parte dos pavilhões dos países ainda está em construção. Em outras COPs, muitos presidentes costumavam visitar e participar de agendas nos espaços de seus países, o que não deve ser possível desta vez.

Manifestações

A COP30 deve ser marcada por manifestações sociais mais numerosas do que nas últimas COPs. No Azerbaijão (COP29), nos Emirados Árabes Unidos (COP28), no Egito (COP27), havia restrições a atividades coletivas e protestos. Nesta edição, o pontapé inicial foi dado por um ritual "gira de raízes" dos povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos, à entrada do evento. 
Walter Kumaruara, liderança indígena jovem da região do Baixo Tapajós, no Pará, co-liderou uma cerimônia breve à sombra de uma árvores samaumeira no Parque da Cidade. "Vemos imagens das comunidades em toda Belém, mas não estamos dentro dos espaços da conferência, que ocorre a portas fechadas", lamentou Walter.
"Nada se inicia na Amazônia sem ter um ritual. É no ritual que buscamos as forças espirituais para termos discernimento para poder fazer acertos dentro dos nossos territórios. Nessa cúpula dos líderes que começa hoje, não se fala da força dos nossos povos, que são mais de 200", disse a liderança jovem. 
Walter afirmou que a Aliança dos Povos Pelo Clima, que ele representa, espera como principal definição da conferência em Belém o "compromisso de reduzir gradativamente o uso dos combustíveis fósseis para frear a crise climática".

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