COP30: Países precisam apresentar planos de adaptação climática antes de novembro

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O evento será entre  10 e 21 de novembro de 2025, na cidade de Belém (PA) - Envato
O evento será entre  10 e 21 de novembro de 2025, na cidade de Belém (PA)

Por Renan Monteiro, do Broadcast

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Publicado em 23/05/2025, às 10h17

Brasília, 23/05/2025 - O presidente da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), André Corrêa do Lago, disse hoje esperar que todos os países apresentem seus Planos nacionais de adaptação climática (NAPs, na sigla em inglês) antes do grande evento em novembro. Ele divulgou hoje a terceira carta da presidência, detalhando as prioridades do Brasil. O evento será entre  10 e 21 de novembro de 2025, na cidade de Belém (PA).

Os dois objetivos centrais desses planos, por cada país, é reduzir a vulnerabilidade aos impactos das mudanças climáticas, com a chamada capacidade de adaptação e resiliência, além de buscar integração de políticas e programas em todos os setores.

"Os NAPs estão evoluindo para além do planejamento, tornando-se valiosas ferramentas de implementação e mobilização de recursos, incorporando gestão de riscos, redução de vulnerabilidades e aumento das capacidades adaptativas nas ações locais e globais", declarou Corrêa do Lago.

No documento, em uma fala mais incisiva, diferente das últimas duas cartas, o embaixador menciona a urgência climática em interação com desafios geopolíticos e socioeconômicos crescentes no contexto mundial.

As atenções, no momento, estão focadas nos preparativos para o 62º período de sessões do Órgão Subsidiário de Aconselhamento Científico e Tecnológico (SBSTA) e do Órgão Subsidiário de Implementação (SBI). As reuniões do "SB62" acontecerão em Bonn (Alemanha), de 16 a 26 de junho de 2025. 

A presidência da COP30 disse esperar que todas as delegações se orientem por três prioridades interconectadas para o SB62 e a COP30. A primeira é reforçar o multilateralismo e o regime climático sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC). O cenário é dificultado pelos EUA, na gestão de Donald Trump, embora a carta não cite em nenhum momento o país.

A segunda defesa é conectar o regime climático à vida real das pessoas e, por último, acelerar a implementação do Acordo de Paris "estimulando ações e ajustes estruturais em todas as instituições capazes de contribuir para esse objetivo". A participação do setor privado é vista como essencial. 

Corrêa do Lago reforçou, no documento, a urgência de um trabalho coletivo nas metas de triplicar a capacidade global de energia renovável, dobrar a taxa média global de melhoria da eficiência energética e promover a transição para o afastamento dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, "de forma justa, ordenada e equitativa", citou.

"A falta de avanço no cumprimento de mandados acordados erodirá ainda mais a confiança na capacidade do processo multilateral de produzir os resultados que a humanidade precisa", declarou na carta.

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