CPMI da fraude do INSS será instalada na próxima semana e relator é definido

Mario Agra/Câmara dos Deputados

O nome foi anunciado por Hugo Motta em seu perfil no X - Mario Agra/Câmara dos Deputados
O nome foi anunciado por Hugo Motta em seu perfil no X

Por Pepita Ortega e Naomi Matsui, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 15/08/2025, às 15h02

Brasília, 15/08/2025 - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta sexta-feira, 15, que o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) será o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) sobre as fraudes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O presidente do colegiado será o senador Omar Aziz (PSD-AM).

Na quarta-feira, 13, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), indicou que a CPMI será instalada "impreterivelmente" na semana que vem. O colegiado será responsável por apurar o esquema de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do órgão.

Leia também: Mais de 600 mil fraudados pelo INSS não aderiram ao acordo de reembolso

"Ainda há pouco, falei com Hugo Motta e ele me pediu que pudéssemos fazer a CPMI na próxima semana impreterivelmente. Este é o meu desejo, acordado com o presidente Hugo", declarou Alcolumbre durante sessão na quarta-feira, 13.

O pedido de instalação da CPMI foi apresentado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) com apoio de 223 deputados e de 36 senadores. A criação da CPMI foi autorizada por Alcolumbre em junho.

Operação Sem Desconto

A instalação da CPMI foi feita a pedido da oposição depois da fraude nos pagamentos do INSS, em que associações falsificaram assinaturas e documentos para desviar R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, de acordo com a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU).

A PF suspeita de lavagem de dinheiro, corrupção e enriquecimento ilícito envolvendo funcionários do governo. O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e outros dirigentes do órgão foram afastados dos cargos. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão e foi substituído pelo então secretário executivo da pasta, Wolney Queiroz, agora titular do ministério desde o começo de maio.

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