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Febraban, BNDES e PF assinam acordo para combater crimes financeiros

Nicola Labate/BNDES

Assintaura de acordo entre BNDES, Febraban e Polícia Federal - Nicola Labate/BNDES
Assintaura de acordo entre BNDES, Febraban e Polícia Federal

Por André Marinho, da Broadcast

redacao@viva.com.br
22/12/2025 | 17h04

São Paulo, 22/12/2025 - A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Polícia Federal firmaram hoje um acordo de cooperação técnica para fortalecer ações conjuntas de combate à lavagem de dinheiro, ao crime organizado e a ataques cibernéticos. O documento foi assinado pelos líderes das instituições durante cerimônia na sede regional da PF em São Paulo.

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Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o plano prevê a criação de um observatório para monitorar o comportamento dos ilícitos no sistema financeiro.

O acordo inclui ainda a realização de estudos, eventos e publicações técnicas sobre o tema, além do desenvolvimento de um programa de capacitação específico para a área. Também haverá a proposição de sugestões de aperfeiçoamento na análise dos crimes.

Do lado dos bancos, o presidente Febraban, Isaac Sidney, reforçou o compromisso do setor em atuar para combater crimes financeiros. "Se porventura alguns bancos ou outros segmentos da nossa indústria, conforme operações deflagradas pelo poder público, teimarem em não zelar pela integridade e compliance das suas operações, não contem com a Febraban e com setor bancário para a prática de ilícitos financeiros", afirmou.

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Sidney defendeu a integração com órgãos públicos como forma de lidar com crescentes desafios ao sistema financeiro e expressou apoio a medidas de segurança. Para ele, entidades como o Banco Central e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) precisam ser fortalecidas nesse sentido. Sidney pediu ainda uma ação "firme" para frechar brechas no sistema.

"O sistema financeiro enfrenta desafios inéditos e teremos de ser firmes para fechar todas as brechas na entrada e na permanência, para assegurarmos a exclusão dos criminosos que já estavam ou que se infiltraram no setor", ressaltou.

Sidney reiterou que a Febraban apoia o aumento da concorrência e da competição do setor financeiro, mas alertou para a "explosão" de instituições financeiras frágeis e vulneráveis. Para eles, os bancos devem exigir que todos os elos do sistema atuem sob o mesmo padrão de vigilância. "A Febraban não abre mão da integração com o poder público, para juntos prevenirmos, nos anteciparmos, neutralizarmos ameaças e combatermos a criminalidade financeira", destacou.

Além da fronteira

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou esperar que, nos primeiros meses de 2026, possa expandir o escopo do acordo de cooperação contra o crime financeiro para incluir a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).

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