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De olho no banco: veja táticas mais comuns utilizadas por golpistas

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Grande parte das fraudes envolve a abordagem de criminosos que se passam por instituições financeiras - Pixabay
Grande parte das fraudes envolve a abordagem de criminosos que se passam por instituições financeiras

Por Larissa Crippa

redacao@viva.com.br
12/12/2025 | 14h22

São Paulo, 12/12/2025 - As tentativas de golpes financeiros contra pessoas idosas cresceram cerca de 60% desde o início da pandemia de covid-19, de acordo com estimativas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Grande parte das fraudes envolve a abordagem de criminosos que se passam por instituições financeiras para induzir as vítimas a compartilhar dados pessoais, senhas e códigos de segurança. Em 2024, os idosos representaram 16% das vítimas de golpes digitais no país, sendo o golpe do crédito consignado apontado como o mais frequente neste grupo.

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Com o fim de ano, o pico de golpes bancários atinge um novo patamar, devido a uma combinação de aumento nas atividades comerciais e financeiras e a maior disponibilidade de dinheiro, como o 13º salário

Criminosos utilizam de tecnologia para se passar por bancos

Uma gerente de contas de um grande banco, em um segmento específico para pessoas 50+, que prefere não se identificar, conta que os golpes mais comuns para a faixa etária dos seus clientes envolve falsos atendentes, se passando pelas instituições oficiais.

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De algum jeito eles conseguem mascarar o contato real que está ligando, e aí aparece o número da central no chamador mesmo. Mas a central nunca liga para os clientes, e se ligar é por um número não divulgado, aleatório. Muitas vezes o cliente até salva o contato do seu banco no celular, e o identificador de chamada identifica “o banco”, mas não é real, eles conseguem trocar o número”, explica.

Ela ainda conta que mesmo que o banco entre em contato, não fazem envio de link, não pedem digitação de senha ou que sejam compartilhados dados sigilosos. “Outra coisa que percebo é que eles entram em contato depois das 16 horas, que é quando as centrais de verdade costumam encerrar, impossibilitando a vítima de checar em outros canais. Quando eles pegam a pessoa no susto assim, nem precisam “invadir” nem nada, acabam induzindo a passar dados ou fazer “transferências teste” que alegam ser apenas para checagem”, conta.

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Tipos de golpes mais comuns 

A Febraban alerta que os golpes bancários mais comuns são:

Ligação falsa de banco (falsa central): Criminosos se passam por funcionários do banco e dizem que houve uma compra suspeita ou problema na conta. Pedem confirmação de dados, senhas ou induzem a vítima a realizar transferências. É o golpe que mais atinge idosos.

SMS falso (golpe do link): A vítima recebe uma mensagem informando bloqueio de conta, compra suspeita ou liberação de benefício. Ao clicar no link, é levada a páginas falsas que roubam senhas e dados.

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Golpe do empréstimo consignado: Os golpistas usam dados do idoso para contratar empréstimos sem autorização ou fingem oferecer “vantagens”. Em muitos casos, a vítima devolve o dinheiro achando que cancelou a operação, mas fica com a dívida ativa.

Golpe do Pix: O criminoso se passa por parente, amigo ou empresa e pede transferência urgente via Pix. Também há variações com QR Code falso e comprovantes adulterados.

Falso atendimento por WhatsApp: O contato se passa por banco, INSS, loja ou empresa conhecida e solicita dados, selfies, documentos ou pagamentos para “regularizar” o cadastro. A gerente relata que os golpistas conseguem dados dos gerentes de contas das vítimas e se passam por eles com um novo número, utilizando nome e foto do profissional verdadeiro. “Já alertei meus clientes que pegaram minha foto e meu nome. Quando é assim, eles me ligam pelo contato que dei ou vem na agência”, afirma.

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Clonagem de WhatsApp: A vítima recebe um código por SMS e, ao informar ao golpista, tem o WhatsApp clonado. Depois, os criminosos pedem dinheiro aos contatos.

Golpe da falsa compra: Muito comum com cartão de crédito. O criminoso liga dizendo que houve uma compra errada, solicita confirmação de dados e faz novas transações.

Golpe da troca de cartão: O golpista se passa por funcionário do banco, vai até a casa da vítima para “trocar” o cartão e fica com o cartão verdadeiro e a senha.

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Como se proteger

A Febraban orienta que clientes nunca forneçam senhas, códigos de segurança, número do cartão ou dados pessoais por telefone, SMS ou WhatsApp, mesmo que a pessoa do outro lado pareça ser do banco. Bancos não solicitam transferências para “conta de teste”, não enviam links para atualização cadastral e não pedem confirmação de dados fora dos aplicativos oficiais. 

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Também é recomendado desconfiar de contatos feitos fora do horário comercial, ativar a autenticação em duas etapas nos aplicativos, não clicar em links recebidos por mensagens e, diante de qualquer suspeita, desligar a ligação e procurar diretamente o banco pelos canais oficiais. Em caso de golpe, o cliente deve registrar boletim de ocorrência e comunicar imediatamente à instituição financeira. Não faça qualquer tipo de transferência voluntária, muitos bancos só conseguem recuperar o dinheiro em caso de invasão de conta.

É importante não fazer nada e tentar contatar fontes oficiais, se possível presencialmente. Em caso de golpe real, o banco liga apenas para confirmar ou negar a transação, sem pedir para que você faça algo específico. Depois de negar ou confirmar uma compra, a vítima é orientada a ir na agência ou contatar seu gerente diretamente. Não abra o aplicativo, não clique em links ou passe dados nesta chamada inicial”, reforça a gerente de contas.

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