Fraude do INSS: Polícia Federal faz novas buscas da Operação Sem Desconto
Divulgação/Polícia Federal
Por Bianca Bibiano, Gabriel de Sousa, Gabriel Hirabahasi, Victor Ohana e Mateus Maia, da Broadcast
redacao@viva.com.brSão Paulo, 18/12/2025 - A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram na manhã de hoje uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões relacionados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Segundo nota da PF, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.
As ações desta data visam aprofundar as investigações da Operação Sem Desconto e esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
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Envolvidos
De acordo com o Estadão, um dos principais alvos é o senador Weverton Rocha (PDT-MA), suspeito de ter realizado negócios com alvos investigados por desvios no INSS.
A operação também cumpriu um mandado de prisão domiciliar e afastamento do atual número dois do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal. Jornalista de formação, ele trabalhou no gabinete de Weverton Rocha e em cargos do Congresso Nacional ligados a políticos do PDT.
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Outro alvo preso é Romeu Carvalho Antunes, filho mais velho e sócio do empresário Antônio Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Além de ter relação societária, ele tinha autorização para movimentar as contas de uma das empresas do Careca do INSS suspeita de envolvimento nas fraudes em aposentadorias. O pai dele está preso desde setembro, por causa das investigações da Operação Sem Desconto.
O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, afirmou que não tinha conhecimento sobre envolvimento do número dois da pasta no esquema de fraudes nas aposentadorias do INSS. Segundo o ministro, o secretário-executivo foi exonerado logo após a operação deflagrada nesta manhã. “Não tínhamos qualquer informação”, disse Wolney, ao ser questionado se o governo sabia da eventual participação de Adroaldo no esquema.
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