Brasília, 05/06/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 5, durante a 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), mais conhecido como “Conselhão”, que 4% dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos serão afetados pelo tarifaço imposto pelo presidente americano, Donald Trump. Deste porcentual, mais de 2% terão um destino alternativo.
“Graças à política que o presidente Lula inaugurou ainda em 2003, de abrir os mercados para os produtos brasileiros, elas representam 12%. Desses 12%, 4% são afetados pelo tarifaço, e dos 4%, mais de 2% terá, naturalmente, outra destinação, porque são commodities com preço internacional que vão encontrar o seu destino no curto ou médio prazo”, afirmou Haddad.
Haddad disse ainda que, apesar do porcentual baixo, o governo não irá “baixar guarda” porque setores vulneráveis devem ser prejudicados pela tarifa de 50% para produtos brasileiros.
O ministro também fez um balanço positivo da situação econômica do País e disse que a expectativa do Executivo é que a inflação feche, neste ano, abaixo de 5%.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que, após as retiradas de produtos do tarifaço, a alíquota de 50% foi reduzida para 35%. Alckmin afirmou que a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de reverter as taxas.
“Ficaram mais de 35% dessa injustificada tarifa de 10% mais 40%. A orientação do presidente Lula tem sido negociação. Diálogo. Nós vamos trabalhar para reverter esse processo e apoiar as empresas, o emprego, o setor produtivo, além de abrir mercado”, afirmou Alckmin durante 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), no Palácio do Itamaraty.
Alckmin disse também que o tarifaço imposto por Trump é “totalmente injustificável”.