Imagem de Alexandre de Moraes é negativa para 51% dos ouvidos por Atlas/Bloomberg

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A confiança no STF também foi monitorada: 51% dos entrevistados não confiam no tribunal - Reprodução/TV Justiça
A confiança no STF também foi monitorada: 51% dos entrevistados não confiam no tribunal

Por Daniel Galvão, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 14/08/2025, às 10h25

São Paulo, 14/08/2025 - Conforme a pesquisa Atlas/Bloomberg divulgada nesta quinta-feira, 14, a imagem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito do golpe de Estado, é negativa para 51% e positiva para 49%. No ranking dos 11 ministros do STF, Moraes é o que lidera a imagem positiva, ainda que esta seja superada em 2 pontos porcentuais pela imagem negativa.

O presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, aparece em sexto lugar em imagem positiva, com 36%. Já 53% têm uma imagem negativa de Barroso.

O presidente eleito do STF, ministro Edson Fachin, que sucederá Barroso em setembro, tem 48% de imagem negativa e 32% de positiva. O ministro que tem a maior imagem negativa no Supremo é Gilmar Mendes, com 56%.

Imagem positiva e negativa de cada ministro

IMAGEM POSITIVA
Alexandre de Moraes - 49%
Cármem Lúcia - 46%
Flávio Dino - 46%
Cristiano Zanin - 41%
André Mendonça - 37%
Roberto Barroso - 36%
Edson Fachin - 32%
Luiz Fux - 31%
Dias Toffoli - 30%
Gilmar Mendes - 29%
Nunes Marques - 25%

IMAGEM NEGATIVA
Gilmar Mendes - 56%
Roberto Barroso - 53%
Alexandre de Moraes - 51%
Flávio Dino - 50%
Dias Toffoli - 50%
Cármem Lúcia - 49%
Edson Fachin - 48%
Cristiano Zanin - 48%
Luiz Fux - 46%
Nunes Marques - 44%
André Mendonça - 40%

Confiança no STF

A confiança no STF também foi monitorada: 51% dos entrevistados não confiam no tribunal, enquanto 49% afirmam confiar. De acordo com o levantamento, o índice de desconfiança no STF subiu 4 pontos porcentuais em comparação com os dados de fevereiro (47%). Já a porcentagem dos que dizem que confiam na Corte foi mantida.

Segundo a sondagem, 51,3% dizem não confiar no trabalho e nos ministros do STF, e 48,5% afirmam confiar, enquanto 0,2% não sabe. Nesse quesito, a desconfiança subiu 4,3 pontos porcentuais de fevereiro para agosto, e a confiança caiu 0,5 ponto.

Em relação à renda familiar, a confiança é menor entre quem ganha entre R$ 2 mil e R$ 3 mil - nessa faixa, 43,2% dizem confiar, e 56,6%, que não confiam.

O levantamento diz ainda que 51% acham péssima atuação do STF no quesito "imparcialidade entre rivais políticos". Já os desempenhos no "respeito ao Poder Legislativo" e "no combate à corrupção" são péssimos para 50% cada.

A defesa da democracia lidera avaliação positiva do STF e é ótima para 45%, mas péssima para 49%. Para 51,1%, a maioria dos ministros do STF não é competente nem imparcial. Já 47,9% acham o contrário: a maioria dos membros da Corte demonstra competência e imparcialidade no julgamento de processos atualmente.

Prisão de Bolsonaro

A pesquisa Atlas/Bloomberg aponta que 52,1% são contra prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e 47% são a favor. A previsão é que o julgamento ocorra entre o fim de agosto e o início de setembro no Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de Bolsonaro, entre outras acusações, por tentativa de golpe de Estado.

A pesquisa também aponta que 50,1% discordam de inelegibilidade de Bolsonaro e 49,5% concordam. Conforme 50%, Bolsonaro não foi responsável pelo 8 de janeiro; 48,8% dizem que foi.

A Atlas/Bloomberg diz que 45,4% consideram que o Brasil vive sob ditadura do Judiciário; 43,3% não concordam e 11,2% dizem que não há ditadura do Judiciário, mas que muitos juízes cometem abusos e ultrapassam suas atribuições.

Segundo o levantamento, porém, 51,2% são contra anistia "ampla, geral e irrestrita" a líderes políticos e manifestantes investigados e condenados por tentativa de golpe de Estado e invasão do Congresso, do Planalto e do STF em 8 de janeiro de 2023. Já 46,9% apoiam a anistia.

O levantamento diz que 83,3% discordam da ação dos manifestantes em 8 de janeiro 2023 e 8,4% concordam. Segundo a sondagem, porém, 51,1% acham que as punições pelo 8 de janeiro foram exageradas. Para 35,3%, foram adequadas.

Ainda 52,1% discordam das condenações pelo 8 de janeiro no STF; 45,5% concordam.

Desconfiança no governo federal

O levantamento mostra que 52% não confiam no governo federal, enquanto 47% confiam. Em um ranking de 12 instituições avaliadas, o governo federal fica em terceiro na desconfiança e em quinto na confiança. Segundo a pesquisa, a confiança no governo federal, no entanto, subiu 5 pontos, de 42% para 47%; a desconfiança teve alta de 2 pontos (era 50%).

Já 58% dizem que não confiam em Exército e Forças Armadas, e 30% confiam, enquanto 12% não sabem.

A Polícia Civil é a instituição com maior confiança entre os que responderam à pesquisa: 60%. Já 26% não confiam na corporação e 14% não sabem.

A Polícia Militar, com 56%, e a Igreja Católica, com 53%, estão em segundo e terceiro lugares em confiança, diz a pesquisa. Já 46% dizem que confiam no BC, e 39%, que não confiam.

Enquanto isso, 34% afirmam não confiar na PM, e 33% na Igreja.

O Congresso não tem confiança de 81% e tem confiança de 12%, conforme a pesquisa. Já 7% não sabem responder. O levantamento mostra que o Poder Legislativo tem o maior índice de desconfiança entre 12 instituições pesquisadas, superando o Supremo Tribunal Federal (STF), que obteve 51% no índice dos que não confiam.

O índice dos que não confiam no Congresso oscilou 1 ponto para baixo (era 82%). Os que confiam eram 9% (alta de 3 pontos).

A pesquisa Atlas/Bloomberg teve 2.447 respondentes, entre 3 e 6 de agosto, com a metodologia de recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, e o nível de confiança, de 95%.

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