Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Por Célia Froufe e Laís Adriana, enviadas especiais, e Daniela Amorim, do Broadcast
[email protected]Rio de Janeiro, 06/07/2025 - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse há pouco que o governo espera que até a COP30, marcada para ocorrer em Belém (PA), em novembro, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês) já esteja em operação. A informação foi adiantada ontem pela Broadcast.
De acordo com a ministra, que fala para a imprensa oficial do governo nesta manhã, momentos antes do início da cúpula do Brics, no Rio de Janeiro, o bloco dará “muita ênfase” ao financiamento climático em suas discussões. No dia 3, a Broadcast registrou que, além do comunicado do grupo, haverá também três declarações, uma delas sobre o clima, que está prevista para ser divulgada amanhã.
Assim como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra criticou a falta do financiamento prometido pelas grandes economias do globo para o segmento. “Temos uma agenda e um dos pontos (de dificuldade) é o dos meios de implementação”, afirmou. Entre os “gargalos”, de acordo com ela, há ausência de financiamento na quantidade e constância necessárias. Além disso, a ministra também citou a importância da transferência de tecnologia para ajudar países em desenvolvimento a fazerem suas transições. “A mudança do clima já está atingindo várias regiões e países”, constatou.
Conforme Marina, o financiamento pode ser fruto de um mix de recursos públicos e privados. O Brasil apresenta uma proposta para que, além de recursos públicos, o Fundo Florestas Tropicais Para Sempre também receba financiamentos privados. A expectativa, de acordo com a ministra, é a de que o TFFF possa mobilizar mais de US$ 150 bilhões para ajudar 70 países que têm florestas tropicais. Esses recursos, segundo ela, são para que possa haver “justiça climática”.
O Governo está trabalhando em mais medidas, como o fundo Clima Fundo Amazônia para chegar no desmatamento zero. Sobre a atuação do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), chamado de Banco dos Brics, Marina disse que será preciso cada vez mais redirecionar os fluxos financeiros para agendas de enfrentamento à mudança do clima. “Seja para corrigir os danos já causados, seja para reduzir as emissões e poder cortar o mal pela raiz. E a melhor forma de fazer isso é direcionar para que esses fluxos de investimentos possam ser na quantidade, na velocidade e na constância que a crise está exigindo".
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