Pix gerou economia de R$ 106,7 bilhões em menos de 5 anos, segundo estudo

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Apenas a substituição do uso do cartão de débito pelo Pix em pagamentos representa economia de R$ 58,7 bilhões desde 2020 - Envato
Apenas a substituição do uso do cartão de débito pelo Pix em pagamentos representa economia de R$ 58,7 bilhões desde 2020

Por Cícero Cotrim, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 07/08/2025, às 18h30
Brasília, 07/08/2025 - O Pix gerou uma economia de R$ 106,7 bilhões para consumidores e empresas desde que foi lançado, em 2020. A conclusão é de um estudo divulgado nesta quinta-feira pela organização Movimento Brasil Competitivo (MBC), que tem entre as suas associadas empresas como Google, Microsoft, Meta, Bradesco, Itaú e Gerdau.
 A substituição do uso do cartão de débito pelo Pix em pagamentos de pessoas para empresas representa uma economia de R$ 58,7 bilhões desde 2020, segundo o estudo. Já a troca do TED pelo sistema do Banco Central para transferências gerou uma economia de R$ 48 bilhões no mesmo intervalo de tempo, estima o MBC.
Leia também: Pix: com mais gente no sistema, uso de cartões cresce, diz presidente do BC
Para chegar a esses números, a organização usou dados públicos do BC, calculando o custo médio de cada modalidade e aplicando a diferença em relação ao Pix ao volume real de transações realizadas de outubro de 2020 a junho de 2025.
No acumulado de 2024, a economia total foi de R$ 33 bilhões - 34% superior aos R$ 24,6 bilhões poupados em 2023. Em 2025, de janeiro a junho, os dados mostram uma economia de R$ 18,9 bilhões. O estudo conclui que, mantido o ritmo de adesão ao Pix, há possibilidade de economizar R$ 40,1 bilhões ao ano até 2030.
O estudo também faz uma comparação entre o Pix e sistemas de outros países. A conclusão é de que o modelo brasileiro, no qual as funções de operador e regulador se somam em uma única instituição, o Banco Central, é incomum. Ele trouxe vantagens na sua implementação, como velocidade e eficiência econômica, mas pode implicar fragilidades agora, segundo o MBC.
 "O acúmulo das funções de regulação e operação em um único ente pode gerar fragilidades institucionais, comprometendo a robustez do processo decisório e a percepção de neutralidade. Além disso, essa configuração pode inibir o surgimento de inovações complementares, ao reduzir os incentivos à concorrência e à experimentação tecnológica", diz a organização de empresas.

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