Facebook Viva Youtube Viva Instagram Viva Linkedin Viva

Polícia descobre em São Paulo esquema para a venda de remédios falsos

Envato Elements

Policia  apreendeu remédios e mais de 5 mil produtos e embalagens adulteradas acondicionadas em caminhões interceptados - Envato Elements
Policia apreendeu remédios e mais de 5 mil produtos e embalagens adulteradas acondicionadas em caminhões interceptados
Marcel Naves
Por Marcel Naves marcel.naves@viva.com.br

Publicado em 31/10/2025, às 19h04 - Atualizado às 20h13

São Paulo, 31/10/2025 - A Polícia Militar descobriu em São Paulo um esquema de venda de medicamentos falsificados, principalmente  contra diabetes e obesidade. As investigações resultaram na prisão de dois homens, presos em flagrante durante o transporte de mais de 5 mil produtos e embalagens adulteradas.
Na última quinta-feira (30), após investigações, policiais identificaram o comboio de caminhões que transportava a carga. Todo o trajeto era acompanhado por outro veículo, que segundo as próprias autoridades, era responsável por fazer a "escolta”  e dificultar a fiscalização.
Lei também: PF e Receita Federal apreendem 400 canetas emagrecedoras na fronteira com Paraguai
Durante a abordagem foram apreendidos diversos produtos, todos sem identificação da procedência, autorização do fabricante ou registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entre eles constaram 33 caixas com remédios para diabetes e de emagrecimento. Também foram apreendidos cerca de 5 mil embalagens para acondicionar produtos falsificados, além de 96 ampolas, nove seringas e quatro caixas de adesivos.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que os trabalhos identificaram que todo material foi adquirido na região central da capital. Eles eram fracionados e seriam distribuídos em larga escala para o comércio varejista. 
Leia também: Descarte de medicamentos: como não prejudicar a saúde e o meio ambiente
Os indiciados foram encaminhados ao 49º Distrito Policial de São  Mateus, na zona leste da capital paulista, onde o caso foi registrado como falsificação ou adulteração de produtos terapêuticos.

O que dizem as farmácias

A Associação Brasileira de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) informou que o setor vê com grande preocupação o surgimento dos casos de falsificação de medicamentos, sobretudo de emagrecimento.
Leia também: Especialistas contestam alegação de Trump sobre paracetamol e autismo
Em entrevista ao Viva, o CEO da instituição, Sérgio Mena Barreto,  ressaltou a importância de o consumidor ficar atento e denunciar suspeitas. “Se você souber de alguma coisa, de alguma ação, de algo estranho, denuncie. Todos nós, assim, poderemos proteger a saúde dos brasileiros” , disse o CEO.

O que diz a Anvisa

A recomendação da Anvisa é que a população ou profissionais da saúde obtenham medicamentos apenas de locais regularizados, sempre com a embalagem completa e mediante a emissão da nota fiscal.
É importante que, no caso de ser identificado alguma suspeita de falsificação, o medicamento não seja utilizado. E o consumidor deve entrar  em contato imediatamente com as empresas detentoras do registro desses produtos para verificar sua autenticidade.
A notificação para a Anvisa pode ser feita  por meio do sistema Notivisa (no caso de profissional de saúde), ou do sistema da Ouvidoria, pela plataforma FalaBR (Consumidor).

Cartilha 

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e o Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), em parceria com a Interfarma lançaram em maio deste ano a cartilha “Falsificação de Medicamentos – Cartilha de Conscientização aos Consumidores”, com informações essenciais sobre os riscos e os impactos da falsificação de medicamentos.
A cartilha chama á atenção para detalhes que muitas vezes não são notados, como por exemplo:  erros de ortografia na embalagem, lacres rompidos, selos de segurança violados, preços muito abaixo dos praticados no mercado e códigos de lote ilegíveis.
No plano político, começam a surgir iniciativas contra esse tipo de crime. No Distrito Federal, o projeto de lei (PL) do deputado distrital Joaquim Roriz Neto (PL) determina o cancelamento do alvará de licenciamento sanitário desses estabelecimentos como forma de punição.

Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.

Gostou? Compartilhe

Últimas Notícias