Prévia do IPCA de junho sobe 0,26% e confirma tendência de queda da inflação

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Com alta de 1,08% em junho, Habitação puxou a alta do índice no período

Por Daniela Amorim, da Broadcast

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Publicado em 26/06/2025, às 09h55
Rio, 26/06/2025 - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,26% na prévia para o mês de junho, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa foi a alta mais branda registrada desde janeiro de 2025, quando foi apurado avanço de 0,11%.
Considerando apenas os meses de junho, o resultado foi o mais baixo para o mês desde 2023, quando subiu 0,04%.
O índice oficial usado pelo Governo Federal tem o objetivo de medir a inflação a partir de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias, cujo rendimento varia entre 1 e 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte de rendimentos. Esse índice é utilizado pelo Banco Central (BC) para fazer política monetária, instrumento que busca controlar a inflação.
O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses arrefecer pelo segundo mês seguido, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em junho de 2024, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,39%. A taxa do IPCA-15 acumulada em 12 meses passou de 5,40% em maio de 2025 para 5,27% em junho de 2025.

Habitação

Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 0,67% em maio para um aumento de 1,08% em junho.
A energia elétrica residencial subiu 3,29% em junho, item de maior impacto individual sobre o IPCA-15 do mês. O resultado é consequência da entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100kwh consumidos. O IBGE acrescenta que também foram apropriados reajustes tarifários de  7,36% em Belo Horizonte em 28 de maio, de 3,33% em Recife em 29 de abril, de 2,07% em Salvador a partir de 22 de abril e queda de 1,68% em Fortaleza em 22 de abril.
A taxa de água e esgoto subiu 0,94% em junho, impacto de 0,02 ponto porcentual, devido a reajustes de 9,88% em Brasília em 1º de junho, de 3,83% em Curitiba em 17 de maio, de 9,98% em Recife a partir de 26 de abril e de 6,58% em uma das concessionárias de Porto Alegre a partir de 4 de maio.
O gás encanado aumentou 0,13%, devido ao reajuste médio de 0,77% no Rio de Janeiro desde 1º de maio.

Saúde e Vestuário

Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 0,91% em maio para um aumento de 0,29% em junho. Houve pressão dos aumentos nos planos de saúde, avanço de 0,57%. O subitem foi responsável pela segunda maior contribuição individual para a inflação do mês, 0,02 ponto porcentual, ao lado de café moído, ônibus urbano, taxa de água e esgoto e refeição fora de casa.
Já os gastos das famílias brasileiras com Vestuário passaram de uma elevação de 0,92% em maio para um aumento de 0,51% em junho. Houve pressão dos aumentos nas roupas femininas (0,66%) e nos calçados e acessórios (0,49%) em junho.

Palavras-chave IPCA inflação economia preços

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