São Paulo, 26/08/2025 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), anunciou nesta terça-feira, 26, que sua gestão vai instaurar um procedimento para apurar a responsabilidade de empresas envolvidas na investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra um esquema de corrupção na Secretaria da Fazenda.
A apuração aponta que auditores fiscais tributários teriam recebido mais de R$ 1 bilhão em propinas para favorecer grandes varejistas, entre elas Ultrafarma e Fast Shop.
“Vamos abrir procedimento de apuração de responsabilidade das empresas envolvidas e determinar a abertura de uma auditoria minuciosa para quantificar com precisão o dano, a fim de cobrar na Justiça e garantir que cada centavo retorne aos cofres públicos”, afirmou Tarcísio em vídeo publicado na rede social X. “Os trabalhos em andamento incluem ainda mais 20 apurações preliminares para avaliação de evolução patrimonial e outros indícios de irregularidade.”
Foram afastados os auditores fiscais Artur Takefume Hamanaka, Fernando Kenji Iwai, Marcel Ono, Maria Cecília Grava Trentini, Maria da Conceição Rodrigues Fabaro e Selma Laltuf da Costa.
O principal alvo da Operação Ícaro é o auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, apontado como o articulador do esquema de liberação antecipada de créditos de ICMS. Preso há duas semanas na ação conjunta da Corregedoria da Fazenda e do MP-SP, ele pediu exoneração do cargo. A solicitação foi aceita na sexta-feira, 22, mas não o livrou do processo disciplinar. “Ainda assim vai responder por tudo que fez”, disse Tarcísio.
Com os novos afastamentos, ao todo nove auditores da Receita Estadual estão sob investigação.