Tarcísio se pronuncia sobre medidas contra Bolsonaro: 'seguiremos ao seu lado'

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador classificou as recentes decisões do STF como parte de uma “sucessão de erros” - Marcelo Camargo/Agência Brasil
O governador classificou as recentes decisões do STF como parte de uma “sucessão de erros”

Por Equipe Broadcast

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Publicado em 18/07/2025, às 14h24
São Paulo, 18/07/2025 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou nesta sexta-feira, 18, as ações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após nova ação da Polícia Federal (PF) e determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabeleceu o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de contato com aliados. "Ele sabe que estamos e seguiremos ao seu lado", disse em publicação no X.
"Não haverá pacificação enquanto não encontrarmos o caminho do equilíbrio", continuou o governador. "Não haverá paz social sem paz política, sem visão de longo prazo, sem eleições livres, justas e competitivas."
O governador classificou as recentes decisões do STF como parte de uma “sucessão de erros” que, em suas palavras, “afastam o Brasil do seu caminho”. Tarcísio afirmou que Bolsonaro sempre "demonstrou coragem", sugerindo que o ex-presidente foi firme ao enfrentar o atentado de 2018, durante sua gestão ao longo de crises e na defesa dos ideais de "liberdade" e valores conservadores.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), criticou a ação da PF e a determinação do STF. "Até remédio em excesso faz mal", disse.
"Eu sempre digo: todo remédio, quando exagerado, em vez de curar, faz mal. A gente tem que ter equilíbrio, calma. Não acompanho o processo, não sei os detalhes, mas deixo minha solidariedade ao presidente Jair Bolsonaro", afirmou Nunes. "(Ele) Não responde por crime de roubo, furto ou desvio, mas está sendo processado por um caso de depredação em que sequer estava no Brasil."
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse, em nota oficial, que recebeu "com tristeza, mas sem surpresa", a notícia sobre a operação da Polícia Federal contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Eduardo chamou Moraes de "ditador" e de "gangster de toga, que usa o Supremo como arma pessoal para perseguições políticas". Também se autodenominou "deputado federal em exílio".
O deputado licenciado acusou Moraes de tentar "criminalizar Trump e o próprio governo americano". "Como é impotente diante deles, decidiu fazer do meu pai um refém. Com isso, além de atacar a democracia brasileira, ele ainda deteriora irresponsavelmente as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos - um ato de sabotagem institucional de consequências imprevisíveis", declarou.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na manhã desta sexta-feira que não sabia da existência do pen drive apreendido em sua casa pela Polícia Federal (PF) mais cedo. Ele disse que vai perguntar à sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do que se trata.
Além do pen drive, a PF encontrou cerca de US$ 14 mil e R$ 8 mil na residência do ex-presidente em Brasília, além de uma cópia de ação contra o ministro do STF Alexandre de Moraes nos Estados Unidos.
Por ordem de Moraes, o ex-presidente ficará submetido a medidas restritivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de acessar as redes sociais. Além disso, Bolsonaro precisará cumprir o recolhimento domiciliar de 19 horas às 7 horas e também nos fins de semana. O capitão reformado também não poderá se comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros nem com outros réus e investigados pelo STF, incluindo seu filho Eduardo Bolsonaro.

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