Rio, 31/07/2025 - A
taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,8% no trimestre encerrado em junho, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa o menor nível da série histórica. Em igual período de 2024, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 6,9%. No trimestre móvel até maio, a taxa de desocupação estava em 6,2%.
O resultado também veio no piso das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast. A mediana indicava desemprego de 6% no período.
Já a renda média real do trabalhador foi de R$ 3.477,00 no trimestre encerrado em junho. O resultado representa alta de 3,3% em relação ao mesmo trimestre de 2024. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 351,2 bilhões no trimestre encerrado em junho, alta de 5,9% ante igual período do ano passado.
No trimestre foi registrado crescimento de 1,805 milhão de vagas no mercado de trabalho. A população ocupada ficou em 102,316 milhões de pessoas no trimestre encerrado em junho de 2025. Em um ano, esse contingente aumentou em 2,432 milhões de pessoas.
Já a
população desocupada diminuiu em 1,313 milhão de pessoas em um trimestre, totalizando 6,253 milhões de desempregados no trimestre até junho. Em um ano, 1,135 milhão de pessoas deixaram o desemprego.
A população inativa somou 108,569 milhões de pessoas no trimestre encerrado em junho, 492 mil inativos a mais que no trimestre anterior. Em um ano, houve aumento de 1,297 milhão de pessoas.
O nível da ocupação - porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - passou de 57,8% no trimestre encerrado em março para 58,8% no trimestre até junho. No trimestre terminado em junho de 2024, o nível da ocupação era de 57,8%.
Desalento
O Brasil registrou 2,756 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em junho. O resultado significa 436 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em março, um recuo de 13,7%. Em um ano, 449 mil pessoas deixaram a situação de desalento, baixa de 14,0%.
A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.
Subocupação
Segundo a pesquisa, a taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas ficou em 4,5% no trimestre até junho de 2025, ante 4,4% no trimestre até março. Em todo o Brasil, há 4,603 milhões de de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas. O indicador inclui as pessoas ocupadas com uma jornada inferior a 40 horas semanais que gostariam de trabalhar por um período maior.
Na passagem do trimestre até março para o trimestre até junho, houve um aumento de 136 mil pessoas na população nessa condição. O País tem 415 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas a menos em um ano.