Tivemos uma longa conversa com o secretário do Comércio dos EUA', diz Alckmin

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Colocamos todos os pontos e destacamos o interesse do Brasil na negociação, disse Geraldo Alckmin - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Colocamos todos os pontos e destacamos o interesse do Brasil na negociação, disse Geraldo Alckmin

Por Renan Monteiro, da Broadcast

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Publicado em 24/07/2025, às 19h14
Brasília, 24/07/2025 - O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que conversou no último sábado com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick. A interação durou cerca de 50 minutos, focada na posição brasileira em buscar a reversão do cenário de vigência da tarifa de 50% já em 1º de agosto.
“Nós conversamos com o governo norte-americano, tivemos uma conversa com o secretário de Comércio, longa, colocando todos os pontos e destacando o interesse do Brasil na negociação, e destacando que o presidente Lula tem orientado negociação, não ter contaminação política nem ideológica”, disse.
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Ele repetiu que não há razão econômica para tarifa proibitiva contra os produtos brasileiros. Se houver vigência da taxa de 50% seria “um perde-perde” com o aumento da inflação nos Estados Unidos e diminuição das exportações brasileiras, conforme o argumento apresentado. O vice-presidente da República também repetiu que o Brasil negocia com os EUA por “canais institucionais e de forma reservada”.

Minerais críticos

Alckmin comentou também sobre o setor minerário e disse que a pauta “é muito longa e pode ser explorada e avançada”. Ele foi questionado diretamente sobre possível negociação com os EUA sobre os chamados minerais críticos, mas evitou cravar qualquer cenário de negociação sobre este tema.
Sobre as negociações para reverter a tarifa de 50%, Alckmin informou que a partir da segunda-feira, todo dia, às 11 horas da manhã, o comitê de trabalho fará uma atualização recorrente sobre o avanço nas negociações.
“O setor minerário é um que nós recebemos [em reuniões]. Aliás, é um outro setor que exporta para os Estados Unidos apenas 3%, mas importa em máquinas e equipamentos em mais de 20%, o que mostra, de novo, enorme superávit na balança comercial [do lado dos EUA]”, disse em coletiva de imprensa.
A fala ocorreu após a divulgação de informações sobre possível movimento do encarregado de negócios da embaixada americana em Brasília, Gabriel Escobar, quanto a eventuais acordos com o Brasil para a aquisição, pelos EUA, dos chamados minerais estratégicos, como lítio e nióbio.

Palavras-chave Alckmin EUA negociação tarifas

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