Brasil completa 10 anos sem casos de raiva humana transmitida por cães

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Último caso de raiva humana de que se tem notícia no País foi registrado em 2015, no Mato Grosso do Sul - Foto: Envato Elements
Último caso de raiva humana de que se tem notícia no País foi registrado em 2015, no Mato Grosso do Sul
Por Bianca Bibiano bianca.bibiano@viva.com.br

Publicado em 30/09/2025, às 09h22

São Paulo, 29/09/2025 - O Ministério da Saúde divulgou ontem uma nota destacando que o Brasil completou 10 anos sem registros de raiva humana transmitida por variantes virais típicas de cães.

A Pasta diz que o resultado é proveniente de uma estratégia integrada do Sistema Único de Saúde (SUS), que combina campanhas massivas de vacinação de cães e gatos, distribuição gratuita de vacinas e soros antirrábicos para humanos e animais, rápida resposta a focos da doença, além do fortalecimento da vigilância epidemiológica. Entre 2023 e 2025, a Saúde investiu cerca de R$ 231 milhões por ano em imunização.

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O último caso de raiva humana de que se tem notícia no País foi registrado em 2015, no Mato Grosso do Sul, na região de fronteira com a Bolívia. Antes disso, em 2013, houve ocorrência no Maranhão. 

"A conquista de uma década sem registros da doença reforça a importância de investimentos e da adesão às práticas de cuidado e proteção no contexto da saúde pública brasileira. Trata-se, também, de um momento de conscientização da população para a vacinação dos animais domésticos. Essa estrutura integrada assegura a prevenção de zoonoses e fortalece a vigilância epidemiológica", diz a nota.

Histórico da transmissão de raiva humana

O Ministério da Saúde informa que desde a criação, em 1983, do Programa Regional de Eliminação da Raiva, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), os casos na América Latina caíram em 98% (de, aproximadamente, 300 registros naquele ano, para apenas 3 em 2024).

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Até 2026, o Brasil deve entregar à OPAS um Dossiê de Eliminação da Raiva Humana Transmitida por Cães, reunindo mais de uma década de evidências epidemiológicas. Caso seja validado, será o segundo país das Américas a receber o reconhecimento, depois do México.

Apesar da conquista, a Pasta alerta para a necessidade de manter a vigilância ativa contra outros reservatórios da raiva, como morcegos e primatas não humanos. Globalmente, a raiva transmitida por cães ainda causa milhares de mortes por ano, principalmente na Ásia e na África.

Palavras-chave cachorros raiva humana

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