Quer viver mais e melhor? Adote um pet, diz estudo

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Quem tem um pet sabe o quanto a companhia de um animal pode transformar a rotina

Por Beatriz Duranzi

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Publicado em 21/07/2025, às 14h45

Quem tem um pet sabe o quanto a companhia de um animal pode transformar a rotina, trazendo carinho, propósito e momentos de alegria. Mas agora, a ciência reforça o que muitos já sentiam na prática: adotar um cachorro ou gato também pode proteger o cérebro. 

Um estudo recente publicado na revista Scientific Reports analisou dados ao longo de 18 anos e revelou que a presença desses animais de estimação está associada a um declínio cognitivo mais lento em pessoas com mais de 50 anos.

Os benefícios de ter um pet para o cérebro

A pesquisa analisou o impacto de diferentes tipos de pets no envelhecimento cognitivo e descobriu que tutores de cães e gatos apresentaram melhor desempenho em funções como memória e fluência verbal, comparados a pessoas que não tinham animais ou conviviam com espécies como pássaros e peixes.

Entre os principais achados:

  • Cães: associados a melhor desempenho na memória imediata e tardia.
  • Gatos: ligados à melhora na fluência verbal e memória tardia.

A teoria dos pesquisadores é que o vínculo emocional mais intenso com cães e gatos, aliado à rotina de cuidados e à socialização que esses animais proporcionam, contribui diretamente para manter o cérebro ativo por mais tempo.

Emoção, estímulo e conexão social

O estudo também sugere que a natureza da relação com cães e gatos estimula interações sociais, como passeios com o cachorro ou momentos de afeto com o gato em casa, o que pode atuar como uma forma de treino natural para o cérebro.

Já a convivência com peixes ou pássaros, embora também traga bem-estar, não apresentou os mesmos efeitos de proteção cognitiva, possivelmente por conta do menor grau de envolvimento emocional e até mesmo questões como o ruído produzido por aves, que pode afetar o sono.

Mais saúde, mais autonomia

Essas descobertas abrem espaço para reflexões importantes sobre envelhecimento saudável. Tornar o acesso aos pets mais fácil para idosos, por meio de moradias que aceitam animais, políticas públicas que incluam apoio a cuidados veterinários e seguros acessíveis, pode ser uma medida eficaz de promoção da saúde cognitiva.

A adoção responsável de um pet pode ser, portanto, muito mais do que um gesto de carinho: é uma escolha que contribui para uma vida mais ativa, conectada e saudável.

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