Foto: Envato Elements
Por Gabrielly Bento
[email protected]Por mais que pareça uma escolha simples, a bebida que acompanha o café da manhã pode influenciar diretamente na disposição e até na saúde ao longo do dia. Entre os brasileiros, o café é praticamente um símbolo nacional, mas o chá — consumido amplamente em outras partes do mundo — também tem seus méritos. Afinal, qual deles oferece mais vantagens logo nas primeiras horas do dia?
O café, presença marcante nos lares ocidentais, é celebrado por sua ação estimulante, graças à cafeína. Por outro lado, o chá, especialmente popular na Ásia e em países sul-americanos, é a segunda bebida mais consumida do planeta, perdendo apenas para a água. E não é por acaso: ele reúne compostos com efeitos positivos para o corpo e a mente.
Muita gente acredita que a substância presente no chá é diferente da cafeína do café, recebendo o nome de “teína”. No entanto, essa distinção é apenas nominal: trata-se do mesmo composto, com propriedades semelhantes. A diferença está na quantidade e nos outros elementos que acompanham essa cafeína em cada bebida.
O café, originário provavelmente das terras altas da Etiópia, concentra uma dose mais elevada do estimulante. Além disso, conta com o ácido clorogênico, um antioxidante que combate os radicais livres e pode atuar na redução de processos inflamatórios.
A ingestão moderada da bebida tem relação com a melhora da concentração e da memória de curto prazo. No entanto, o exagero pode trazer sintomas como agitação, insônia e aceleração dos batimentos cardíacos. Por isso, o ideal é manter o equilíbrio.
Embora mais leve em cafeína, o chá, originário da China, oferece um repertório de benefícios que merecem destaque. Todos os tipos — verde, preto, branco ou oolong — são obtidos da planta Camellia sinensis e carregam em sua composição antioxidantes poderosos.
O chá-verde, por exemplo, contém uma grande quantidade de catequinas, polifenóis que ajudam a proteger o coração e a prevenir doenças como hipertensão e diabetes tipo 2. Além disso, a presença da L-teanina, um aminoácido exclusivo do chá, favorece um estado de alerta tranquilo, ideal para quem busca foco sem o nervosismo associado ao café.
Pesquisas também indicam que o consumo frequente da bebida pode estar ligado à redução de riscos de alguns tipos de câncer, como os de mama e próstata — porém os dados ainda são inconclusivos.
Entre as variedades da planta, o chá-preto se destaca por oferecer um teor de cafeína mais próximo ao do café, o que o torna uma boa opção para quem precisa de mais energia. Ainda assim, sua ação tende a ser menos intensa.
Ele também apresenta efeitos positivos sobre o sistema cardiovascular, podendo ajudar na redução do colesterol ruim e na saúde dos vasos sanguíneos, com impactos parecidos com os atribuídos ao café.
É importante lembrar que nem toda infusão chamada de chá pertence à família Camellia sinensis. Bebidas como camomila, erva-doce, hortelã e hibisco são infusões de outras plantas, e não contêm cafeína. Apesar disso, essas opções são amplamente valorizadas por seus efeitos calmantes, digestivos ou anti-inflamatórios.
No fim das contas, não há um campeão absoluto nessa disputa. O café é ideal para quem precisa de um estímulo mais forte nas primeiras horas do dia. Já o chá, com seus efeitos mais suaves e benefícios adicionais, é perfeito para quem busca equilíbrio e bem-estar.
A escolha depende do gosto pessoal, da rotina e da sensibilidade de cada organismo à cafeína. Seja qual for sua preferência, ambas as bebidas, quando consumidas com moderação, podem fazer parte de um estilo de vida saudável.
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