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Por Luísa Giraldo, especial para o Viva
redacao@viva.com.brSão Paulo, 10/11/2025 - Cada vez mais se fala em autocuidado, sobretudo entre para pessoas maduras. Atualmente, essa forma de acolhimento integral da mente, do corpo e das emoções é também vista como uma questão de saúde pública.
Essa visão é reforçada pela pesquisa realizada pelo Datafolha para a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para o Autocuidado em Saúde (ACESSA), em 122 municípios. O estudo indicou que 97% dos participantes concordam que o governo deve promover iniciativas de autocuidado em saúde e estimular hábitos saudáveis.
“É preciso reconhecer que o autocuidado em saúde não é apenas uma escolha pessoal: é, também, um ato de responsabilidade social. Os custos com saúde recaem, direta ou indiretamente, sobre toda a sociedade,” avalia o oftalmologista Claudio Lottenberg.
O médico, que é também presidente do Conselho do Hospital Israelita Albert Einstein, ressalta que viver mais é um objetivo legítimo. “Mas viver bem é um desafio coletivo. O ponto de partida está nas atitudes individuais. Alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas, controle do estresse, adesão a tratamentos e acompanhamento médico são componentes fundamentais de uma rotina de autocuidado em saúde que beneficia o indivíduo e a sociedade”, reforça Lottenberg.
Ele, no entanto, pondera: “É preciso reconhecer que o autocuidado em saúde não é apenas uma escolha pessoal: é, também, um ato de responsabilidade social. Os custos com saúde recaem, direta ou indiretamente, sobre toda a sociedade”.
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A relevância dessas práticas na maturidade levou entidades de saúde e associações a transformarem a discussão em agenda pública. Projeto da Acessa, o Guia do Autocuidado em Saúde define essa postura como prática para promover a saúde, prevenir doenças e manter o bem-estar, com ou sem o apoio de um profissional. Esse entendimento desconstrói a visão de que cuidar de si é um luxo e a propõe como responsabilidade ativa com a própria saúde.
Uma publicação da revista científica JAMA indica que mais de 30% dos adultos nos Estados Unidos (EUA) têm baixa alfabetização em saúde pessoal, interpretada como capacidade precária de encontrar, compreender e usar informações para realizar ações relacionadas à saúde para si próprios e para outros.
O autocuidado maduro abrange, de forma integral:
Além de uma postura de amor próprio, o autocuidado na maturidade é um ato de empoderamento e autonomia. É o momento de retomar o protagonismo da própria vida e da saúde a partir de escolhas que refletem desejos e necessidades atuais, pautadas na percepção interna.
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