As frutas que podem ajudar a regenerar o fígado e combater inflamações

Um dos órgãos mais fundamentais do corpo humano, o fígado desempenha papéis vitais como a filtragem de substâncias tóxicas, a metabolização de gorduras e a produção de proteínas essenciais. Entretanto, a sobrecarga causada por dietas desequilibradas, ingestão frequente de bebidas alcoólicas e exposição a agentes poluentes pode comprometer seu bom funcionamento.

Com o aumento de doenças hepáticas associadas ao estilo de vida moderno, cresce também o interesse por alimentos que promovam a saúde do fígado. Entre as opções naturais, a romã vem ganhando destaque na comunidade científica como uma das frutas mais eficazes na proteção e até na regeneração das células hepáticas.

Quais frutas favorecem o fígado?

Diferentes frutos apresentam componentes que auxiliam na manutenção da saúde do fígado. Os cítricos — como o limão, a laranja e a toranja —, por exemplo, são conhecidos pela abundância de vitamina C, substância antioxidante que combate os danos celulares provocados pelos radicais livres.

A maçã também figura entre os alimentos benéficos ao órgão, graças à presença de pectina. Essa fibra solúvel contribui para a eliminação de toxinas e metais pesados, aliviando a carga de trabalho do fígado. A substância conhecida como pectina também contribui para impedir o acúmulo de gordura no fígado — um elemento que pode favorecer o surgimento de doenças como a esteatose hepática.

Outro grupo de frutas de grande relevância são as vermelhas — como o morango, mirtilo, framboesa e groselha preta. Elas concentram flavonoides e fitoesteróis, substâncias que possuem forte ação anti-inflamatória e auxiliam no processo de desintoxicação do organismo.

Romã: o destaque entre os alimentos hepatoprotetores

Embora muitas frutas colaborem para o equilíbrio do fígado, a romã tem chamado a atenção de pesquisadores por sua capacidade de proteger e revitalizar as células hepáticas. Rica em polifenóis e ácido elágico, a fruta apresenta propriedades que ajudam a neutralizar processos inflamatórios e a reduzir os efeitos do estresse oxidativo — dois fatores intimamente ligados às doenças do fígado.

Os compostos presentes na romã também contribuem para regular os níveis de gordura no órgão e reduzir a liberação de substâncias inflamatórias, protegendo contra lesões mais graves. Há, inclusive, estudos voltados para a atuação da fruta em casos de esteatose hepática não alcoólica, popularmente conhecida como “fígado gorduroso”. Essa condição, cada vez mais comum, pode evoluir para quadros graves, como cirrose e falência hepática.

Maneiras de inserir a romã na alimentação

Para aproveitar todo o potencial da romã, especialistas recomendam o consumo regular da fruta em diferentes formas:

• Ao natural: as sementes podem ser consumidas puras ou adicionadas a pratos como saladas, iogurtes e vitaminas.
• Suco: o suco de romã é uma forma prática de absorver seus antioxidantes. A preferência deve ser por versões naturais, sem adição de açúcar.
• Infusão da casca: a casca da fruta, também rica em nutrientes, pode ser usada para preparar chás com propriedades antioxidantes.

Apesar dos benefícios para o fígado, é importante manter o equilíbrio no consumo. Pessoas que utilizam medicamentos anticoagulantes devem consultar um profissional de saúde antes de consumir a fruta com frequência, já que ela pode potencializar os efeitos dos remédios. Indivíduos com sistema digestivo sensível também devem observar possíveis reações devido à presença de compostos adstringentes.