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Por Paula Bulka Durães
[email protected]São Paulo, 14/05/2025 - As mulheres são o grupo que mais consome remédios psiquiátricos dentro das empresas, aponta o estudo da Vidalink, que atua no segmento de planos de bem-estar voltados ao mundo corporativo.
No último ano, a empresa monitorou o uso de medicamentos entre os mais de 58 mil colaboradores em 165 organizações que utilizam seus planos. O levantamento aponta que 11,72% das trabalhadoras adquiriram antidepressivos ou ansiolíticos entre 2023 e 2024, enquanto o consumo entre os homens foi de 6,54%.
O uso destes medicamentos entre as mulheres também aumentou – em 2024 houve crescimento de 3,7% se comparado ao ano anterior. Para os homens, a diferença foi menor, de 1,5%.
De acordo com a Vidalink, os remédios mais utilizados foram:
De 2022 a 2024, houve um aumento de 134% nos brasileiros afastados do trabalho por motivos ligados à saúde mental, como apontam dados do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). No ano passado, o número destes beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passou para 472 mil, com predominância de casos de estresse, ansiedade e episódios depressivos.
A partir do dia 26 de maio, passa a valer, de maneira educativa e orientativa, uma atualização na Norma Regulamentadora (NR-1), que adiciona danos à saúde mental, ligados a ambientes corporativos com jornadas exaustivas, assédio moral e sobrecarga. A partir desta data, as empresas têm até ano para implementarem ações de contenção de riscos psicossociais no trabalho.
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