Mulheres lideram consumo de remédios psiquiátricos nas empresas, aponta estudo

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O uso desses medicamentos entre as mulheres cresceu 3,7% em 2024, se comparado com o ano anterior - Pixabay/jarmoluk
O uso desses medicamentos entre as mulheres cresceu 3,7% em 2024, se comparado com o ano anterior

Por Paula Bulka Durães

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Publicado em 14/05/2025, às 18h11

São Paulo, 14/05/2025 - As mulheres são o grupo que mais consome remédios psiquiátricos dentro das empresas, aponta o estudo da Vidalink, que atua no segmento de planos de bem-estar voltados ao mundo corporativo.

No último ano, a empresa monitorou o uso de medicamentos entre os mais de 58 mil colaboradores em 165 organizações que utilizam seus planos. O levantamento aponta que 11,72% das trabalhadoras adquiriram antidepressivos ou ansiolíticos entre 2023 e 2024, enquanto o consumo entre os homens foi de 6,54%.

O uso destes medicamentos entre as mulheres também aumentou – em 2024 houve crescimento de 3,7% se comparado ao ano anterior. Para os homens, a diferença foi menor, de 1,5%. 

De acordo com a Vidalink, os remédios mais utilizados foram:

  1. Cloridrato de Sertralina;
  2. Oxalato de Escitalopram;
  3. Succinato de Desvenlafaxina;
  4. Cloridrato de Venlafaxina;
  5. Bupropiona.

Saúde mental no trabalho em pauta

De 2022 a 2024, houve um aumento de 134% nos brasileiros afastados do trabalho por motivos ligados à saúde mental, como apontam dados do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). No ano passado, o número destes beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passou para 472 mil, com predominância de casos de estresse, ansiedade e episódios depressivos.

A partir do dia 26 de maio, passa a valer, de maneira educativa e orientativa, uma atualização na Norma Regulamentadora (NR-1), que adiciona danos à saúde mental, ligados a ambientes corporativos com jornadas exaustivas, assédio moral e sobrecarga. A partir desta data, as empresas têm até ano para implementarem ações de contenção de riscos psicossociais no trabalho.

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