Foto: Divulgação/BlackBerry
Por Beatriz Duranzi
[email protected]Durante as décadas de 1990 e 2000, diversas marcas de celulares dominaram o mercado global, tornando-se sinônimos de inovação e qualidade.
No entanto, com o avanço tecnológico e a intensificação da concorrência, muitas dessas empresas não conseguiram se adaptar às novas demandas dos consumidores e acabaram encerrando suas operações no setor de telefonia móvel.
Abaixo relembre algumas dessas marcas icônicas que, apesar de seu sucesso no passado, desapareceram do mercado de celulares:
A Siemens foi uma das pioneiras no mercado de celulares, especialmente no Brasil, onde modelos como o A40, popularmente conhecido como "Celular da Xuxa", conquistaram o público jovem nos anos 2000.
Apesar do sucesso inicial, a divisão de celulares da Siemens enfrentou dificuldades financeiras e foi vendida para a fabricante taiwanesa BenQ em 2005. A nova empresa, BenQ-Siemens, não conseguiu se estabelecer no mercado e declarou falência cerca de um ano depois, encerrando a produção de celulares sob essa marca.
A LG foi uma das principais fabricantes de celulares, com modelos icônicos como o LG Chocolate e a série LG K. No entanto, após anos de prejuízos e perda de participação de mercado, a empresa sul-coreana decidiu encerrar sua divisão de smartphones em 2021. Apesar disso, a LG continua atuando em outros segmentos da indústria eletrônica.
A sueca Ericsson foi uma das líderes no mercado de celulares nos anos 90, sendo pioneira em tecnologias como o Bluetooth. Em 2001, a empresa se uniu à japonesa Sony, formando a Sony Ericsson, que lançou modelos populares como o W200 e o Xperia Pro. No entanto, a parceria foi encerrada em 2012, quando a Sony adquiriu a parte da Ericsson e passou a comercializar os celulares sob sua própria marca.
A Nokia foi sinônimo de celulares duráveis e acessíveis, com modelos como o 3310 e o 1100. Com a chegada dos smartphones, a empresa finlandesa enfrentou dificuldades para se adaptar e, em 2013, vendeu sua divisão de celulares para a Microsoft, que lançou a linha Lumia.
Apesar dos esforços, a parceria não teve sucesso, e a marca Lumia foi descontinuada. Atualmente, a HMD Global detém os direitos da marca Nokia e continua lançando smartphones sob esse nome.
A chinesa ZTE chegou ao Brasil em 2006, oferecendo celulares personalizados e modelos inovadores como o ZTE Open, um dos primeiros smartphones com o sistema Firefox OS. Apesar de ter sido a quarta maior vendedora de celulares do mundo em 2012, a empresa enfrentou dificuldades no mercado brasileiro e encerrou suas operações no país em 2012, com uma breve tentativa de retorno em 2016.
Atualmente, a ZTE continua produzindo smartphones em pequena escala, com foco no mercado externo.
A indiana Micromax entrou no mercado brasileiro em 2011, investindo cerca de R$ 20 milhões e contratando a apresentadora Sabrina Sato como garota-propaganda. Apesar de oferecer modelos acessíveis, a empresa não conseguiu estabelecer parcerias com as principais operadoras de telefonia e acabou encerrando suas operações no Brasil, retornando ao mercado indiano.
Conhecida por seus computadores e monitores, a Acer também tentou entrar no mercado de smartphones com modelos como o Acer Liquid S2. No entanto, a empresa não conseguiu se destacar nesse segmento e acabou descontinuando sua linha de celulares.
A norte-americana BLU chegou ao Brasil em 2014, oferecendo smartphones Android de baixo custo. Apesar de uma entrada promissora, a empresa teve dificuldades para se manter no mercado brasileiro, desaparecendo das prateleiras por alguns anos.
Tentou retornar em 2018 e novamente em 2021, mas sem o sucesso esperado. Atualmente, a marca é mais conhecida por seus telefones com teclados analógicos, vendidos a preços acessíveis.
A Vertu foi uma fabricante de celulares de luxo, fundada em 1998 pela Nokia. Seus aparelhos eram conhecidos por materiais nobres como ouro 24 quilates, couro legítimo e diamantes. No entanto, com a evolução dos smartphones e a preferência dos consumidores por funcionalidades avançadas, a Vertu enfrentou dificuldades financeiras e encerrou suas operações em 2017.
A canadense BlackBerry foi líder no mercado corporativo, com seus smartphones equipados com teclado físico e foco em segurança. Com a ascensão dos smartphones com telas sensíveis ao toque, a empresa perdeu espaço e, em 2016, deixou de fabricar celulares, licenciando sua marca para parceiros.
Em 2022, a BlackBerry desativou seus serviços móveis, encerrando oficialmente sua presença no mercado de smartphones.
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