IA pode aumentar a produtividade, mas também a disparidade entre países, diz FMI

Washington, 16/10/2025 - A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, alertou para o risco de a inteligência artificial aumentar a disparidade entre os países. Ela cobrou mais velocidade para que a sociedade esteja pronta para os avanços que a IA deve trazer ao mundo.

"O risco que vemos é terminar em um mundo onde a produtividade aumenta, mas isso também gera divergência dentro dos países e entre eles", disse Georgieva, em coletiva de imprensa durante as reuniões anuais do Fundo, que acontecem em Washington.

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O FMI desenvolveu um índice de preparação para IA, que classifica 174 países nos seguintes critérios: infraestrutura digital, mercado de trabalho, habilidades, inovação e a penetração da tecnologia e, por último, regulamentação e ética. "Há uma grande variação entre os países. Economias avançadas e alguns mercados emergentes, entre eles a China, mas também a maioria dos países do Golfo, estão concentrados na parte superior, enquanto países de baixa renda estão na parte inferior", disse.

Segundo a diretora-geral do Fundo, a preparação dos países é fundamental, e precisa ser rápida. "Não temos muito tempo para nos preparar para a inteligência artificial", alertou.

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O FMI calcula que a IA contribuirá para o crescimento em algo entre 0,1% e 0,8%, o que, conforme Georgieva, é "significativo". "Estamos atualmente em um crescimento de cerca de 3%, e se conseguirmos extrair esse tipo de impulso, isso seria muito significativo para o mundo", avaliou.

A diretora-geral do FMI disse ainda que o boom de investimentos em IA está gerando um "otimismo extraordinário", concentrado principalmente nos Estados Unidos. "Quando se analisa a distribuição desses recursos, os EUA despontam com grande vantagem, seguidos pelo resto do mundo", concluiu.