Brasil atinge marca expressiva de novos empregos formais; veja os números

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O mercado de trabalho brasileiro continua aquecido em 2025, de acordo com dados do Novo Caged divulgados pelo MTb - Foto: Adobe Stock
O mercado de trabalho brasileiro continua aquecido em 2025, de acordo com dados do Novo Caged divulgados pelo MTb

Por Beatriz Duranzi

redacao@viva.com.br
Publicado em 05/08/2025, às 17h56

O mercado de trabalho brasileiro continua aquecido em 2025. Só no mês de junho, foram criadas 166.621 empregos formais. Os dados são do Novo Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTb)

O número representa a diferença entre 2.139.182 admissões e 1.972.561 desligamentos, mantendo o país em trajetória de saldo positivo no ano.

Todos os setores cresceram, com destaque para Serviços e Agro

Os cinco principais setores da economia fecharam o mês com resultados favoráveis:

  • Serviços: +77.057 vagas (+0,33%)

Destaque para áreas de informação, finanças, comunicação, imobiliário e atividades administrativas, que somaram 41.477 empregos

  • Comércio: +32.938 vagas (+0,31%)
  • Agropecuária: +25.833 vagas (+1,38%)
  • Indústria: +20.105 vagas (+0,22%)
  • Construção: +10.665 vagas (+0,35%)

Empregos cresceram em quase todo o país

Em junho, 26 dos 27 estados brasileiros registraram aumento de postos com carteira assinada. Os maiores saldos absolutos foram:

  • São Paulo: +40.089
  • Minas Gerais: +24.228
  • Rio de Janeiro: +15.363

Considerando o crescimento proporcional, os destaques foram:

  • Amapá: +1,29%
  • Mato Grosso: +0,96%
  • Maranhão: +0,93%

Leia também: Saldo do emprego formal em março é o segundo pior para o mês, conforme o Caged

Emprego típico segue como maioria

Do total de vagas criadas em junho:

75,8% foram postos de trabalho típicos (contratações formais tradicionais)

24,2% foram consideradas formas alternativas, como:

  • Contratações por pessoas físicas equiparadas a empresas (CAEPF): +14.758
  • Trabalhadores temporários: +11.643

Saldo positivo também no acumulado do ano

De janeiro a junho de 2025, o Brasil registrou 1.222.591 novas vagas formais, um crescimento de 2,59% na comparação com o mesmo período de 2024. O número total de postos com carteira assinada no país chegou a 48.419.937.

Todos os setores da economia mostraram crescimento no semestre:

  • Serviços: +643.021 vagas (+2,8%)
  • Indústria: +229.858 (+2,6%), puxada pela fabricação de alimentos
  • Construção Civil: +159.440 (+5,6%)
  • Agropecuária: +99.393 (+5,5%)
  • Comércio: +90.876 (+0,9%)

Entre os estados com melhor desempenho no semestre:

  • São Paulo: +349.904 vagas (+2,4%)
  • Minas Gerais: +149.282 (+3,0%)
  • Paraná: +94.219 (+2,9%)

E os maiores crescimentos proporcionais foram registrados em:

  • Amapá: +4,69%
  • Mato Grosso: +4,4%
  • Goiás: +4,1%

Salários em leve alta

O salário médio de quem começou um novo emprego em junho de 2025 foi de R$ 2.278,37, o que representa:

  • Um aumento de R$ 24,48 (+1,09%) em relação a maio
  • Crescimento de R$ 28,76 (+1,28%) em comparação com junho de 2024 (com ajuste sazonal)

Jovens, mulheres e escolarizados ganham espaço

A abertura de vagas teve distribuição significativa entre diferentes grupos populacionais:

  • Homens: +90.035 novos postos
  • Mulheres: +76.586 vagas, com destaque nos setores de serviços e comércio

A participação dos jovens também cresceu:

  • 18 a 24 anos: +102.328 vagas
  • Até 17 anos: +24.963 vagas, incluindo 12.598 aprendizes

Em relação à escolaridade:

  • Ensino médio completo: +124.139 vagas
  • Ensino médio incompleto: +19.326

A População com Deficiência (PcD) também teve saldo positivo, com 578 novos postos de trabalho.

De julho de 2024 a junho de 2025, o Brasil gerou 1.590.911 empregos com carteira assinada. Apesar de positivo, o número é menor do que no ciclo anterior, quando foram criados 1.735.145 empregos formais.

Cenário aponta para estabilidade com viés de crescimento

Com todos os setores e quase todos os estados em expansão, o Brasil mantém um ritmo consistente de criação de empregos formais. A leve alta salarial e a presença de jovens, mulheres e pessoas com deficiência entre os contratados também indicam uma diversificação do mercado de trabalho.

Enquanto os dados do primeiro semestre mostram força no setor de serviços e crescimento em regiões menos populosas, especialistas apontam que a manutenção desse ritmo depende de estabilidade econômica, estímulo à indústria e ampliação de políticas para inclusão produtiva.

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