Brasil atinge marca expressiva de novos empregos formais; veja os números
Foto: Adobe Stock
Por Beatriz Duranzi
redacao@viva.com.brO mercado de trabalho brasileiro continua aquecido em 2025. Só no mês de junho, foram criadas 166.621 empregos formais. Os dados são do Novo Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTb).
O número representa a diferença entre 2.139.182 admissões e 1.972.561 desligamentos, mantendo o país em trajetória de saldo positivo no ano.
Todos os setores cresceram, com destaque para Serviços e Agro
Os cinco principais setores da economia fecharam o mês com resultados favoráveis:
- Serviços: +77.057 vagas (+0,33%)
Destaque para áreas de informação, finanças, comunicação, imobiliário e atividades administrativas, que somaram 41.477 empregos
- Comércio: +32.938 vagas (+0,31%)
- Agropecuária: +25.833 vagas (+1,38%)
- Indústria: +20.105 vagas (+0,22%)
- Construção: +10.665 vagas (+0,35%)
Empregos cresceram em quase todo o país
Em junho, 26 dos 27 estados brasileiros registraram aumento de postos com carteira assinada. Os maiores saldos absolutos foram:
- São Paulo: +40.089
- Minas Gerais: +24.228
- Rio de Janeiro: +15.363
Considerando o crescimento proporcional, os destaques foram:
- Amapá: +1,29%
- Mato Grosso: +0,96%
- Maranhão: +0,93%
Leia também: Saldo do emprego formal em março é o segundo pior para o mês, conforme o Caged
Emprego típico segue como maioria
Do total de vagas criadas em junho:
75,8% foram postos de trabalho típicos (contratações formais tradicionais)
24,2% foram consideradas formas alternativas, como:
- Contratações por pessoas físicas equiparadas a empresas (CAEPF): +14.758
- Trabalhadores temporários: +11.643
Saldo positivo também no acumulado do ano
De janeiro a junho de 2025, o Brasil registrou 1.222.591 novas vagas formais, um crescimento de 2,59% na comparação com o mesmo período de 2024. O número total de postos com carteira assinada no país chegou a 48.419.937.
Todos os setores da economia mostraram crescimento no semestre:
- Serviços: +643.021 vagas (+2,8%)
- Indústria: +229.858 (+2,6%), puxada pela fabricação de alimentos
- Construção Civil: +159.440 (+5,6%)
- Agropecuária: +99.393 (+5,5%)
- Comércio: +90.876 (+0,9%)
Entre os estados com melhor desempenho no semestre:
- São Paulo: +349.904 vagas (+2,4%)
- Minas Gerais: +149.282 (+3,0%)
- Paraná: +94.219 (+2,9%)
E os maiores crescimentos proporcionais foram registrados em:
- Amapá: +4,69%
- Mato Grosso: +4,4%
- Goiás: +4,1%
Salários em leve alta
O salário médio de quem começou um novo emprego em junho de 2025 foi de R$ 2.278,37, o que representa:
- Um aumento de R$ 24,48 (+1,09%) em relação a maio
- Crescimento de R$ 28,76 (+1,28%) em comparação com junho de 2024 (com ajuste sazonal)
Jovens, mulheres e escolarizados ganham espaço
A abertura de vagas teve distribuição significativa entre diferentes grupos populacionais:
- Homens: +90.035 novos postos
- Mulheres: +76.586 vagas, com destaque nos setores de serviços e comércio
A participação dos jovens também cresceu:
- 18 a 24 anos: +102.328 vagas
- Até 17 anos: +24.963 vagas, incluindo 12.598 aprendizes
Em relação à escolaridade:
- Ensino médio completo: +124.139 vagas
- Ensino médio incompleto: +19.326
A População com Deficiência (PcD) também teve saldo positivo, com 578 novos postos de trabalho.
De julho de 2024 a junho de 2025, o Brasil gerou 1.590.911 empregos com carteira assinada. Apesar de positivo, o número é menor do que no ciclo anterior, quando foram criados 1.735.145 empregos formais.
Cenário aponta para estabilidade com viés de crescimento
Com todos os setores e quase todos os estados em expansão, o Brasil mantém um ritmo consistente de criação de empregos formais. A leve alta salarial e a presença de jovens, mulheres e pessoas com deficiência entre os contratados também indicam uma diversificação do mercado de trabalho.
Enquanto os dados do primeiro semestre mostram força no setor de serviços e crescimento em regiões menos populosas, especialistas apontam que a manutenção desse ritmo depende de estabilidade econômica, estímulo à indústria e ampliação de políticas para inclusão produtiva.
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