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Publicado em 28/04/2025, às 14h59
São Paulo, 28/04/2025 - Mesmo com um volume crescente de investimentos corporativos em iniciativas de desenvolvimento profissional, muitas empresas ainda enfrentam uma crise de aprendizado devido a programas e treinamentos com baixo engajamento. É o que aponta um levantamento lançado nesta quinta-feira pela consultoria Newnew.
O estudo "O Olhar do Aprendiz" entrevistou centenas de profissionais e revelou um paradoxo: enquanto 57% estão motivados para aprender, 60% não conseguem aplicar no dia a dia o que aprendem por meio dos programas de educação corporativa oferecidos por suas empresas. “Estamos diante de uma crise silenciosa da aprendizagem. As empresas oferecem conteúdo, mas esquecem de escutar quem realmente precisa aprender”, afirma Mariana Achutti, CEO da Newnew.
Segundo o levantamento, embora 69,3% dos profissionais já utilizem ferramentas online na educação corporativa, muitos relatam que o conteúdo disponível é desatualizado, genérico ou desconectado de suas rotinas. “Essa desconexão transforma a jornada de aprendizagem em uma experiência pouco efetiva, em que a motivação inicial se dissipa em meio à falta de relevância prática”, destaca Achutti.
“Ao mergulharmos no olhar do aprendiz contemporâneo, nosso estudo revela uma mudança profunda no que se espera dos processos de desenvolvimento: mais personalização, mais agilidade, mais intenção — e menos desperdício de tempo.”
O relatório propõe "quebrar o ciclo de treinamentos que não geram resultados reais" e reinventar formatos mais adequados à dinâmica de vida dos funcionários. Mostra, ainda, a preferência dos profissionais por conteúdos concisos e objetivos: 72% dos participantes disseram preferir o formato microlearning, mais alinhado à forma como absorvemos informações hoje.
A personalização também desponta como fator decisivo para o engajamento: 81% dos profissionais afirmam que jornadas personalizadas aumentariam sua motivação, e 40% declaram preferir programas de aprendizado sob medida. Apesar disso, apenas 29% relatam ter acesso a trilhas realmente customizadas em suas empresas.
Outro dado relevante é a busca por equilíbrio entre o digital e o presencial. Os profissionais valorizam a flexibilidade do online, mas reconhecem o valor estratégico de encontros presenciais que promovam troca, cultura e conexão.
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