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Quem aprende novos idiomas envelhece mais devagar, diz estudo

Foto: Envato Elements

Os pesquisadores trabalharam com um modelo de inteligência artificial capaz de estimar a idade - Foto: Envato Elements
Os pesquisadores trabalharam com um modelo de inteligência artificial capaz de estimar a idade

Por Joyce Canele

redacao@viva.com.br
Publicado em 26/11/2025, às 12h00

São Paulo, 25/11/2025 - Uma pesquisa publicada neste mês traz novas evidências de que manter o cérebro ativo por meio do aprendizado de idiomas pode ajudar a retardar o envelhecimento.

O estudo, divulgado na revista Nature Aging, analisou dados de milhares de participantes europeus e observou que pessoas que dominam mais de uma língua apresentam sinais de desgaste biológico mais lento ao longo da vida.

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Os pesquisadores trabalharam com um modelo de inteligência artificial capaz de estimar a idade biológica com base em diferentes marcadores de saúde. O sistema considera indicadores como hipertensão, qualidade do sono, presença de doenças crônicas, perda sensorial, desempenho cognitivo, grau de escolaridade, autonomia funcional e nível de atividade física.

A partir disso, é possível calcular a diferença entre a idade prevista e a idade cronológica de cada indivíduo.

Entre os 86.149 participantes do estudo, aqueles que falavam apenas um idioma demonstraram maior probabilidade de apresentar sinais de envelhecimento acelerado.

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Em países onde o multilinguismo é parte do cotidiano, quem só dominava uma língua tinha até o dobro de chances de apresentar um ritmo mais rápido de declínio biocomportamental.

Os autores apontam que o domínio de vários idiomas pode funcionar como uma espécie de proteção ao longo da vida.

O estímulo cognitivo constante exigido pelo uso de diferentes línguas estaria associado a um funcionamento mais eficiente do cérebro e do corpo, criando uma reserva que ajuda a lidar melhor com o avanço da idade.

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Mesmo após o ajuste para fatores sociais, físicos e culturais, os resultados permaneceram consistentes. A análise mostrou que pessoas poliglotas eram pouco mais de duas vezes menos propensas a desenvolver padrões de envelhecimento acelerado, indicando que o efeito se mantém no longo prazo.

Segundo a pesquisa, o chamado relógio de envelhecimento biocomportamental permite identificar se alguém está envelhecendo de maneira mais saudável do que o esperado.

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Quando a idade biológica estimada é inferior à idade real, isso sugere um processo de envelhecimento mais lento, associado a maior proteção contra declínios cognitivos e físicos. Isso quer dizer que aprender um novo idioma pode ajudar a envelhecer melhor e mais devagar. 

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