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Trabalhador do varejo é o mais insatisfeito com bem-estar, aponta pesquisa

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Segundo o estudo, trabalhador do varejo é o mais insatisfeito com seu bem-estar e 65% vivem com ansiedade, apatia ou angústia - Envato
Segundo o estudo, trabalhador do varejo é o mais insatisfeito com seu bem-estar e 65% vivem com ansiedade, apatia ou angústia
Claudio Marques
Por Claudio Marques claudio.marques@viva.com.br

Publicado em 17/11/2025, às 19h28

São Paulo, 17/11/2025 - Em meio a um quadro geral de aumento da insatisfação com a própria saúde e com o bem-estar geral, o setor varejista registra o cenário mais crítico: 40% dos seus profissionais não fazem nada pela saúde mental, 68% não praticam exercícios físicos, 48% avaliam negativamente a vida financeira e 65% vivem com ansiedade, apatia ou angústia. Apenas 19% dizem estar satisfeitos com o bem-estar geral, o pior índice entre todos os setores analisados.
Os dados fazem parte da  3ª edição do Check-up de Bem-Estar realizado pela Vidalink, empresa de planos de bem-estar corporativo. Enquanto no varejo a insatisfação é maior, a indústria apresenta os melhores resultados, com 36% de satisfação com a saúde física e 32% com o bem-estar geral. No entanto, o estudo apontou que, no geral, houve aumento da insatisfação dos trabalhadores com o bem-estar em relação ao ano passado: 29% das mulheres declaram estar insatisfeitas (+4 pontos percentuais em relação a 2024), enquanto entre os homens o índice chega a 17% (+5 pontos percentuais).
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O estudo também mostra que 30% dos trabalhadores não fazem nada para cuidar da saúde mental. Ao mesmo tempo, 7 em cada 10 mulheres relatam sentir ansiedade, desmotivação ou angústia frequente. Entre os homens, o índice vai a 51%. Apesar de as mulheres buscarem mais suporte (16% fazem terapia e 18% utilizam medicamentos), continuam com os piores índices de satisfação com o bem-estar: 21%.
Luiz Gonzalez, CEO da Vidalink, sentado com os braços apoiados em uma mesa
Luis Gonzalez, CEO e cofundador da Vidalink - Divulgação / Vidalink
A frequência de exercícios físicos caiu 11 pontos porcentuais, com 41% praticando uma vez ou mais por semana. E 66% dos profissionais reconhecem ter uma alimentação inadequada, ante 48% em 2024.
 A percepção de fadiga mental se manteve alta, com 63% relatando sentimentos negativos frequentes: 34% estão ansiosos; 19% apresentam quadro de ansiedade e angústia e 10% sentem vontade de fazer nada.

Pretos e pardos têm índices piores

 O estudo mostra que as pessoas pretas e pardas enfrentam mais barreiras para cuidar da saúde e do bem-estar: 36% não fazem nada pela saúde mental, contra 24% dos brancos, e apenas 27% estão satisfeitas com a saúde física, frente a 35% dos brancos. Em relação à qualidade do sono, pessoas pretas e pardas insatisfeitas somam 30%, enquanto brancos somam 25%. 
“Essas diferenças evidenciam que o bem-estar também é uma questão de equidade e acesso”, afirma Luis Gonzalez, CEO e cofundador da Vidalink. “As estratégias de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) devem considerar que não há apenas uma necessidade de inclusão. Há necessidade de dar mais suporte e atenção às discrepâncias dos indicadores de bem-estar entre os grupos", afirma a professora e consultora em Gestão de Pessoas Lina Nakata. Ela participou da análise dos dados da pesquisa. 

Geração Z é a mais insatisfeita

Quando se faz um recorte geracional, o Check-up de Bem-Estar 2025 mostra que a Geração Z é a mais angustiada e insatisfeita com o próprio bem-estar, com 30% se declarando insatisfeitos. De acordo com o estudo, há um aumento progressivo de sentimentos negativos conforme a geração se torna mais jovem. O maior salto está na Geração Z, com 72% das mulheres e 51% dos homens relatando sentimentos negativos na maior parte do dia. A Geração Z também é a que mais declara não fazer nada para cuidar da saúde mental (35% mulheres e 39% homens). 
A pesquisa entrevistou 11.600 colaboradores de 250 companhias de diversos mercados e indústrias com mais de 300 colaboradores. Do total de entrevistados que responderam o questionário online pelo aplicativo da Vidalink entre janeiro e junho deste ano, 51% são homens e 49% são mulheres. 

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