Banco BMG devolverá R$ 7 milhões aos aposentados que foram descontados

São Paulo, 31/10/2025 - O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou hoje que fechou acordo com o Banco BMG S.A. para ajustar procedimentos em operações de empréstimo consignado a aposentados e pensionistas. Entre os compromissos firmados, o banco prometeu restituir mais de R$ 7 milhões cobrados indevidamente de cerca de 100 mil beneficiários, de acordo com o INSS.

O BMG também ampliará o uso da videochamada para a formalização de contratações presenciais do consignado, além das de cartão consignado. A instituição financeira se compromete, ainda, a cumprir o limite máximo de 1,6 vez o valor da renda mensal do benefício, além de suspender a comercialização de seguros prestamistas vinculados ao consignado.

O acordo prevê a adoção de mecanismo para reduzir o volume de reclamações de clientes. O BMG garantiu que não vai compartilhar, ceder ou transferir dados pessoais a terceiros, a não ser que autorizado pelo titular, conforme o INSS.

Em nota, o INSS declarou que " o Termo de Compromisso possui vigência por prazo indeterminado, e o descumprimento de qualquer das obrigações poderá acarretar sanções".

"As iniciativas refletem o propósito do Banco de fortalecer a relação institucional com o INSS, promovendo uma jornada de crédito ética, responsável e centrada no cliente, em linha com as melhores práticas de governança corporativa", ressaltou o BMG.

De agosto a outubro deste ano, 13 instituições financeiras tiveram as concessões de crédito consignado suspensas pelo INSS, por descumprirem requisitos necessários para oferecer o serviço de forma adequada aos segurados, de acordo com o instituto. 

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Em maio, a biometria facial se tornou obrigatória para o desbloqueio das operações de crédito consignado no INSS. Após a inclusão da nova tecnologia, o volume de concessões diminuiu 56% em comparação a abril, passando de R$ 7 bilhões para R$ 3,1 bilhões.

Apesar da recuperação, o volume de agosto (R$ 4,6 bilhões) ainda é 52% inferior ao registrado em janeiro (R$ 9,7 bilhões).