Facebook Viva Youtube Viva Instagram Viva Linkedin Viva

Extinção da Fundação para o Remédio Popular segue em ritmo acelerado

Foto: Envato Elements

Projeto de lei acaba com a Fundação para o Remédio Popular  e transfere suas atividades para o Instituto do Butanta - Foto: Envato Elements
Projeto de lei acaba com a Fundação para o Remédio Popular e transfere suas atividades para o Instituto do Butanta
Marcel Naves
Por Marcel Naves marcel.naves@viva.com.br

Publicado em 29/10/2025, às 17h01

São Paulo, 29/10/2025 - O projeto de lei que prevê a extinção da Fundação para o Remédio Popular “ Chopin Tavares de Lima” - FURP   tramita em regime de urgência no legislativo paulista. Apesar de não haver uma data definida, ele deve ser analisado em breve pelas comissões de Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento. Na última quarta-feira (22), a Comissão de Constituição, Justiça e Redação - CCJR aprovou o fim da FURP e a transfêrencia de  suas atribuições para o Instituto Butantan.

A proposta de autoria do Governo Estadual, decorre de estudos que atestam um déficit na saúde financeira da instituição, e propõe a incorporação das fábricas de remédios. Opositores da idéia acreditam que a medida proposta irá afetar o acesso aos remédios de baixo custo. 

Leia também: Após 26 anos, genéricos representam quase 40% do mercado de medicamentos

"É um absurdo o governo querer extinguir um órgão público que produz medicamentos essenciais a baixo custo e que salvam vidas, muitos dos quais não mais fabricados pelos laboratórios privados. A Furp fornece remédio a baixo custo não só para o Estado, mas para secretarias de saúde e hospitais de todo o país”,  disse ao Portal Viva a deputada estadual pelo PT, Beth Sahão.

A Furp, enquanto laboratório público, possui dois principais clientes, ambos com aquisição de produtos por dispensa de licitação: o Ministério da Saúde e a própria Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Com unidades em Guarulhos e Américo Brasiliense, ela responde pela produção de 400 milhões de unidades farmacêuticas por ano, mas sua capacidade pode alcançar até 1 bilhão de unidades anuais. Seu portfólio inclui 40 medicamentos registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vinculados a diferentes áreas terapêuticas, como HIV/AIDS, saúde mental, Alzheimer, antibióticos e imunossupressores.

Leia também: Com queda de patentes, farmacêuticas nacionais produzirão 9 em cada 10 medicamentos até 203

O Instituto Butantan produz as vacinas da gripe (Influenza), hepatite A e B, HPV, raiva e DTPa, 12 tipos de soros e anticorpos monoclonais, como o Adalimumabe. A instituição atualmente é considerada  a maior produtora de soros e vacinas da América Latina.

Comentários

Política de comentários

Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.

Gostou? Compartilhe

Últimas Notícias