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Ministro da Previdência irá depor em outubro na CPMI das fraudes do INSS

Reprodução/TV Brasil

Wolney afirmou que está fazendo "uma defesa" do Instituto Nacional do Seguro Social - Reprodução/TV Brasil
Wolney afirmou que está fazendo "uma defesa" do Instituto Nacional do Seguro Social

Por Mateus Maia, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 18/09/2025, às 10h55

Brasília, 18/09/2025 - O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, disse nesta quinta-feira que irá falar na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS em 9 de outubro, às 9h. Ele participou nesta manhã do programa "“Bom Dia, Ministro", da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Wolney afirmou que está fazendo "uma defesa" do Instituto Nacional do Seguro Social. Ele disse tentar desvincular personagens como o "Careca do INSS" e as "fraudes do INSS" da instituição. Segundo ele, as fraudes foram aos aposentados.

"Eu estou fazendo uma defesa da instituição. Eu preciso defender a Previdência Social e o INSS para que a gente possa ter um instituto sólido que demonstre credibilidade", disse.

Leia também: Mais de 970 mil pessoas ainda não aderiram ao acordo de reembolso do INSS

Queiroz assumiu o compromisso que o ministério está vigilante para não haver nenhum tipo de fraude no crédito consignado nos moldes do que houve com os desvios no instituto."É um trabalho que não cessa. É permanente e nós estamos vigilantes para que não haja nenhum tipo de desconto indevido também nos consignados", declarou.

Wolney admitiu que tem ouvido reclamações de descontos indevidos em empréstimos consignados, mas disse que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou ao ministério que essas reclamações são "residuais".

Segundo ele, houve uma reunião de mais de 3 horas na última quarta-feira, 17, sobre a segurança da ferramenta. Ele repetiu que o governo está "marcando cerrado" qualquer tipo de irregularidade com os consignados.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) apura o funcionamento de uma prática semelhante dos desvios de benefícios previdenciários com empréstimos consignados. O relator, Alfredo Gaspar (União-AL), afirmou que a convocação de representantes de grandes bancos não está descartada.

Ressarcimento continua

O ministro disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recomendou que o governo vá até as últimas consequências com as investigações de desvios no INSS. Wolney afirmou que a Polícia Federal está investigando o caso, mas declarou que não tem informações privilegiadas. Disse que fica sabendo de operações e novas fases do inquérito junto com a imprensa.

Outra recomendação de Lula para o ministro, segundo ele, foi o de propagandear na TV e na rádio que os aposentados lesados nas fraudes de descontos indevidos nos benefícios devem procurar o ressarcimento: "O governo quer pagar".
O ministro afirmou ter almoçado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na quarta-feira, 17: "Ele me pediu para não deixar nenhum aposentado no prejuízo". Segundo o ministro, ainda há mais de R$ 2 bilhões para serem devolvidos aos afetados pela fraude.

Ministro descarta nova reforma

Queiroz disse também que não há clima para uma nova reforma da Previdência atualmente. Segundo o ministro, qualquer medida desse tipo, se fosse feita, deveria ser realizada no começo de um novo governo.
Ele afirma, entretanto, ser refratário a uma nova reforma ampla porque as mudanças normalmente miram "piorar as condições para os trabalhadores", como aumentar o tempo de trabalho. "A gente não pode fazer com que a conta sempre recaia sobre as pessoas que trabalham", declarou.

O ministro disse que reforma da Previdência feita pelo governo do ex-presidente Michel Temer foi "apenas para economizar". Para Wolney, o financiamento previdenciário é um problema mundial, mas a solução é fazer com que o sistema seja mais confiável para aumentar a base de arrecadação. "Reforma da Previdência, se um dia for necessária, tem que ser feita com a participação ampla da sociedade", afirmou.

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