Por Thais Porsch, da Broadcast
redacao@viva.com.brSão Paulo, 27/11/2025 - O relatório Panorama das Aposentadorias 2025, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), revela que o rápido envelhecimento populacional continua a pressionar os sistemas previdenciários.
Os países da OCDE enfrentarão, nos próximos 25 anos, um envelhecimento quase duas vezes mais rápido que no quarto de século anterior, alerta o novo levantamento da entidade. Entre 2025 e 2050, a relação idosos/ativos deve saltar de 33 para 52 a cada 100 pessoas nos países-membros, com Coreia do Sul, Grécia, Itália, Polônia, Eslováquia e Espanha liderando a corrida demográfica.
Leia também: Gerontologia: conheça a área que cuida do envelhecimento saudável
O aumento acelerado da população idosa pressiona os sistemas previdenciários e reforça a necessidade de prolongar a vida laboral. No entanto, aposentados que desejam ou precisam continuar trabalhando ainda esbarram em barreiras legais.
Metade dos países da OCDE impõe restrições à acumulação de salário e aposentadoria contributiva mesmo depois da idade normal de saída. Antes dela, dois terços mantêm algum tipo de limitação. Além disso, políticas de aposentadoria compulsória permanecem amplas: 50% das nações permitem ou exigem desligamento automático de trabalhadores do setor privado, proporção que sobe para mais de 66% no serviço público, diz o relatório.
Hoje, quem entra no mercado com salário médio receberá, ao se aposentar, 63% da renda líquida na média da OCDE, mas menos de 40% na Estônia, Irlanda, Coreia e Lituânia; já o trabalhador que ganha metade da média terá 76%.
Flexibilizar regras de acúmulo de benefícios, abolir aposentadorias obrigatórias e criar incentivos ao trabalho tardio são medidas citadas pela OCDE para aliviar pressões fiscais, preservar arrecadação e aproveitar a experiência de uma força de trabalho que, pelas tendências demográficas, será cada vez mais vital para a sustentabilidade econômica.
Leia também: Quem aprende novos idiomas envelhece mais devagar, diz estudo
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.
Gostou? Compartilhe
Jardinagem