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VIVA acompanha: Conferência nacional da pessoa idosa começa hoje, 16

Divulgação/Conadipi

O VIVA acompanhará de perto o evento, considerado o principal encontro do País para debate de políticas públicas voltadas às pessoas idosas - Divulgação/Conadipi
O VIVA acompanhará de perto o evento, considerado o principal encontro do País para debate de políticas públicas voltadas às pessoas idosas
Por Paula Bulka Durães

16/12/2025 | 06h54

São Paulo, 16/12/2025 - Começa nesta terça-feira, 16, a 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (Conadipi), em Brasília (DF). O evento é organizado pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, pasta ligada ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).

O VIVA acompanhará de perto aquele que hoje é considerado o principal encontro do País para debate, criação, execução e fiscalização de políticas públicas voltadas às pessoas idosas — mobilizando agentes da sociedade civil, governantes, movimentos populares e organizações sem fins lucrativos.

Este ano, o evento acontece no Centro de Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), com abertura prevista para às 17h.

Leia também: População negra enfrenta barreiras para envelhecer com dignidade no Brasil

A conferência é realizada tradicionalmente a cada biênio, período em que se renova a gestão do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDPI), e este ano retorna ao formato presencial — devido à pandemia, a 5ª edição foi realizada a distância em 2021.

Outra novidade é o tema, que foca as múltiplas velhices, ou seja, as diversas realidades do envelhecer no Brasil — marcadas pela diversidade de renda, raça, etnia, gênero, orientação sexual e religiosidade.

“Talvez seja o maior evento do mundo com a participação social de pessoas idosas para falar de envelhecimento multicultural. Tivemos conferências ao redor do País que antecederam a etapa nacional”, destaca o secretário de Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva.

De acordo com o Ministério, esta edição, que se encerra na sexta-feira, 19, reunirá mais de 1,2 mil participantes entre delegados eleitos para representar a sociedade civil, governantes, ativistas e imprensa, com propostas elaboradas em quase 2,6 mil etapas municipais, intermunicipais, estaduais, distritais e livres.

Questionado sobre a efetividade das políticas públicas definidas na conferência anterior, Silva aponta a dificuldade de contar com participação social ativa no modelo remoto.

“Na última gestão, tivemos alguns atravessamentos que colocaram uma série de restrições para a participação social, pela dificuldade de acesso. Mas, desta vez, comemoramos não só pela magnitude do tema, mas porque a mobilização popular já começou”, defende.

Todos podem participar?

A composição do encontro em dezembro é de 60% de delegados da sociedade civil e 40% de representantes do poder público municipal e estadual, todos com direito a fala e voto. Os delegados foram eleitos nas etapas anteriores para representar os interesses da população com mais de 60 anos em diferentes regiões e perfis.

Este ano, parte considerável dos recursos do Fundo Nacional do Idoso (FNI) foi destinada à realização da conferência nacional, de acordo com o secretário, que capta doações do Imposto de Renda de pessoas físicas e jurídicas.

Envelhecimento saudável ainda é um desafio

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 32,1 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa 15,8% da população. Quase metade desse grupo é formada por pessoas negras, totalizando 15,4 milhões, enquanto pessoas com deficiência (PCDs) equivalem a 47,2% do contingente de pessoas idosas. Outros 13% dos mais velhos são quilombolas e 10,6% são indígenas.

Por outro lado, 30,7 mil pessoas idosas estão em situação de rua, o que corresponde a 9% da população em condições extremas de vulnerabilidade social no País, de acordo com o Cadastro Único (CadÚnico).

Segundo a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do Amazonas (Cedpi-AM), Lilia Fernandes Duarte, que participará do evento, há urgência em discutir o envelhecimento multicultural.

"É um momento muito oportuno e importante para analisar o processo do envelhecimento, as suas múltiplas velhices, as características de cada povo, de cada região. Queremos propor políticas realmente contundentes, que transformem e construam um País onde nós possamos prolongar nossa vida com autonomia", defende.

Quais são os eixos temáticos desta edição?

  1. Financiamento das políticas públicas para ampliação e garantia dos direitos sociais; 
  2. Fortalecimento das políticas para a proteção à vida, à saúde e ao acesso ao cuidado integral da pessoa idosa; 
  3. Proteção e enfrentamento a todas as formas de violência, abandono social e familiar da pessoa idosa; 
  4. Participação social, protagonismo e vida comunitária na perspectiva das múltiplas velhices; 
  5. Consolidação e fortalecimento da atuação dos Conselhos de Direitos da Pessoa Idosa como política do Estado Brasileiro.

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