Temporada de cruzeiros movimentou R$ 5,3 bilhões e gerou 84,6 mil empregos

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A temporada criou 84,6 mil postos de trabalho, sendo 1.617 para tripulantes e 82.985 empregos diretos e indiretos - Envato
A temporada criou 84,6 mil postos de trabalho, sendo 1.617 para tripulantes e 82.985 empregos diretos e indiretos

São Paulo, 03/09/2025 - A temporada 2024/2025 de cruzeiros movimentou R$ 5,43 bilhões movimentados, alta de 3,8% em relação ao ciclo anterior. No período, foram embarcados 838 mil cruzeiristas que transformaram cada R$ 1 gasto em cruzeiros em R$ 4,05 para a economia nacional. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, durante o 7º Fórum CLIA Brasil 2025, em Brasília.

De acordo com a secretária-executiva do Ministério do Turismo, Ana Carla Lopes, o Brasil tem tudo para ser uma potência do turismo náutico mundial.

“Temos sol, mar, diversidade e hospitalidade. Vivemos hoje um momento histórico para o turismo nacional, com números recordes e geração de empregos. Nosso desafio agora é investir em infraestrutura e qualificação, para transformar esse potencial em legado e garantir serviços cada vez mais qualificados, mantendo o setor em rota de crescimento.”

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O desempenho foi puxado por R$ 2,95 bilhões gerados diretamente pelas companhias marítimas (+5,5%) e outros R$ 2,48 bilhões gastos por cruzeiristas e tripulantes (+3,7%). Só em tributos, a temporada injetou R$ 577,4 milhões nos cofres públicos, somando União, estados e municípios. Os dados fazem parte do Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a CLIA Brasil.

De novembro a abril, nove navios cortaram as águas brasileiras e sul-americanas, levando turistas a destinos icônicos como Santos, Rio de Janeiro, Salvador, Maceió, Itajaí e Paranaguá, além de escalas em cidades turísticas como Angra dos Reis, Búzios, Balneário Camboriú, Fortaleza, Ilhabela, Ilhéus, Porto Belo e Recife. Fora do Brasil, Buenos Aires, Montevidéu e Punta del Este também entraram na rota.

Empregos em alta

A temporada criou 84,6 mil postos de trabalho, 5,3% a mais do que o verificado na temporada anterior, sendo 1.617 para tripulantes e 82.985 empregos diretos, indiretos e induzidos em setores como turismo, hotelaria, comércio, alimentação, transporte e serviços. O impacto médio por passageiro foi de R$ 709,47 nas cidades de escala e R$ 918,15 nas cidades de embarque e desembarque — um fôlego significativo para as economias locais.

“A temporada 2024/2025 trouxe resultados econômicos importantes e milhares de empregos gerados em todo o país. O setor de cruzeiros movimenta comunidades inteiras e gera benefícios reais e concretos para a economia. Agora, nosso desafio é avançar juntos, setores público e privados, para que esse potencial seja plenamente aproveitado em nosso país e possa avançar cada vez mais", afirma Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.

Pela primeira vez, o levantamento incluiu os 29 navios de longo curso que aportaram no Brasil em roteiros internacionais. Eles sozinhos acrescentaram R$ 583,9 milhões à economia, criaram 9,1 mil empregos e garantiram R$ 62,1 milhões em tributos.

Somados os cruzeiros de cabotagem e os de passagem, o impacto total da temporada alcançou R$ 6 bilhões, com a geração de 93,7 mil empregos.

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