Compensação de cheques cai 21,9% no primeiro semestre, aponta Febraban

São Paulo, 08/09/2025 - Os brasileiros compensaram 50 milhões de cheques entre janeiro e junho deste ano, de acordo com dados reunidos pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O resultado representa queda de 21,9% em relação aos primeiros seis meses do ano passado. Em valor financeiro, no período a movimentação caiu de R$ 236 bilhões para R$ 211 bilhões. Os dados são do Sistema de Compensação de Cheques e Outros Papéis (Compe), mecanismo interbancário brasileiro que processa e liquida cheques e outros documentos de crédito, regulado pelo Banco Central (BC).

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O valor médio dos cheques emitidos, no entanto, cresceu 14,20% na mesma base de comparação, de R$ 3.606 para R$ 4.118. Na visão da Febraban, esse aumento revela uma preferência do brasileiro pela emissão de cheques para transações de valor mais alto.

Comerciantes têm preferência por esse meio de pagamento para parcelamentos ou como forma de crédito e pagamento a fornecedores, observa Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços e Segurança da Febraban. Segundo ele, as empresas são responsáveis por mais de 50% dos cheques emitidos, geralmente devido à relação de confiança com fornecedores e maior prazo para pagamentos.

No caso do público pessoa física, diz Faria, os cheques ainda são utilizados tanto pela confiança entre clientes e lojistas quanto pela possibilidade de obtenção de melhores condições de pagamento, como descontos e prazos maiores. Outro ponto que conta a favor para esse público é por não exigir limite de crédito disponível.

Pix segue líder entre meios de pagamento

Com 63,8 bilhões de transações em 2024, o Pix se mantém na liderança como meio de pagamento preferido pelos brasileiros, de acordo com levantamento da Febraban divulgado em maio. O cartão de crédito ocupa a segunda posição, com 19,8 bilhões de transações, seguido pelo cartão de débito, com 16,7 bilhões, enquanto os cheques aparecem em último lugar, com apenas 125 milhões.

Na disputa por espaço com os cartões, o Pix superou as operações dos cartões de débito em janeiro de 2022, e as de crédito em fevereiro do mesmo ano.