Estelionatos devem crescer com inteligência artificial, dizem especialistas

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Golpistas usam IA para efetuar os ataques digitais, conta presidente da Prodam - Polícia Federal / Pará
Golpistas usam IA para efetuar os ataques digitais, conta presidente da Prodam

Por Aramis Merki II, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 16/09/2025, às 13h52
São Paulo, 16/09/2025 - Os crimes de estelionato no Brasil devem crescer exponencialmente à medida que golpistas estão usando ferramentas de inteligência artificial. A avaliação é de Reinaldo César, especialista em crimes cibernéticos que foi delegado da Polícia Federal. Segundo ele, atualmente são cometidos quatro crimes do tipo por minuto no País.
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A criminalidade avançou para o campo cibernético sobretudo na pandemia de coronavírus, aponta o secretário nacional de segurança pública, Mário Sarrubbo. "Foi o momento que nos afastamos das agências bancárias e passamos a movimentar nosso dinheiro através dos aplicativos", disse durante evento sobre segurança pública promovido pelo Lide. 
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Prova dos desafios com os ataques digitais, a prefeitura de São Paulo chegou a registrar 600 mil tentativas de invasão em um único dia, de acordo com Francisco Forbes, presidente da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (Prodam). "Este volume indica que os golpistas usam IA para efetuar os ataques", afirmou. 
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) tem atuado com o Banco Central para atualizar os modelos para evitar golpes com o Pix. Uma das frentes em que trabalham é a modernização do mecanismo especial de devolução do Pix, de acordo com Walter Faria, diretor de segurança bancária da entidade. 
Além disso, a Febraban tem acordos de cooperação para compartilhar informações de fraudes bancárias com as polícias. A ferramenta está sendo remodelada no momento. A intenção é que os dados que vão para a Polícia Federal sejam repassados para as polícias civis dos Estados - o que ainda não é realizado. 

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