Haddad: governo vai explicar consequências de precatórios ao Judiciário

Diogo Zacarias/MF

Haddad disse que governo está trabalhando para explicar ao Judiciário as consequências dos precatórios para as contas públicas - Diogo Zacarias/MF
Haddad disse que governo está trabalhando para explicar ao Judiciário as consequências dos precatórios para as contas públicas

Por Mateus Maia e Cícero Cotrim, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 22/09/2025, às 10h47

Brasília, 22/09/2025 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse há pouco que o governo está trabalhando para explicar ao Judiciário as consequências dos precatórios para as contas públicas. Ele participa de um evento do banco BTG Pactual, em São Paulo.

Segundo o ministro, a Fazenda montou uma estrutura para lidar com os precatórios e atuar para evitar outro “7x1” nesse tema. Haddad também criticou o governo de Jair Bolsonaro por dar um calote nos precatórios que precisou ser pago por sua gestão.

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Arcabouço sustentável

Haddad também defendeu nesta segunda-feira que é necessário construir um ambiente político para que o Congresso aprove mudanças nas regras de algumas despesas obrigatórias. Com isso, o arcabouço fiscal será sustentável no longo prazo, disse o chefe da equipe econômica.

"Quando você tem esse tipo de problema - supersalário, previdência de militar, emenda [parlamentar], vinculações inadmissíveis - fica difícil você discutir a macropolítica orçamentária", afirmou Haddad, durante o evento em São Paulo.

Indagado sobre a sustentabilidade do arcabouço fiscal, Haddad afirmou que vai ser necessário criar ambiente político para conseguir seguir aprovando mais mudanças que ajudem o fiscal.

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"Para ele [o arcabouço] ser fortalecido, você precisa criar as condições políticas de sentar com os parlamentares e falar, nós vamos precisar ajustar algumas regras, senão o arcabouço não vai ser sustentável no longo prazo. E, se ele for sustentável no longo prazo, eu tenho certeza que, grau de investimento, essas coisas vão acontecer naturalmente", afirmou.

Haddad também afirmou que não reclama do Congresso porque consegue aprovar 70% das medidas que idealizou, apesar de dizer que não conseguiu negociar uma troca no indexador do fundo do Governo do Distrito Federal.

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"Eu nunca reclamo do Congresso, porque ele não me deu 100% do que eu pedi, mas ele me deu 70%. É um bom índice", disse.

Sobre o ReData, o ministro disse que a quantidade de consultas que o governo teve depois do lançamento do programa indica que podem ser centenas de bilhões de reais em investimentos no Brasil.

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