IOF: o que é e como esse imposto pode impactar seu bolso

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Entenda como o IOF impacta o seu bolso e saiba como se planejar

Por Beatriz Duranzi

redacao@viva.com.br
Publicado em 09/06/2025, às 14h39

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal que incide sobre diversas transações, como empréstimos, câmbio, seguros e investimentos em títulos e valores mobiliários.

O objetivo do imposto vai além de arrecadar, ele é usado pelo governo como ferramenta para controlar a economia: quando ocorre excesso de crédito, aumenta-se a alíquota para encarecer algumas operações e frear a inflação.

Quando e onde o IOF é cobrado?

O imposto é aplicado nas seguintes situações:

  • Crédito e financiamentos, como empréstimos para pessoas físicas e jurídicas.
  • Câmbio, na compra de moeda estrangeira, cartões internacionais e cheques de viagem.
  • Contratação de seguros, incluindo seguros de vida, saúde e bens.
  • Investimentos de curto prazo, especialmente resgates antes de 30 dias.

Cada operação tem sua própria alíquota, que varia de acordo com a legislação vigente. Veja alguns exemplos recentes:

  • Compras e câmbio internacional agora têm IOF único de 3,5%.
  • Empréstimos para empresas contam com 0,95% fixo mais 0,0082% ao dia, até o limite de 3,95% ao ano.
  • Aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos VGBL são tributados com IOF de 5%.

IOF e juros são o mesmo?

Não! Juros são a remuneração paga a quem empresta dinheiro, negociada entre as partes. Já o IOF é um imposto fixo, determinado pelo governo, sem relação direta com o valor dos juros.

Quem paga o IOF?

  • Tomadores de empréstimo pagam IOF, que é recolhido pela instituição financeira.
  • Quem compra moeda estrangeira arca com o imposto sobre a transação.
  • Segurados pagam o IOF embutido no valor do seguro. 
  • Investidores em aplicações de curto prazo também pagam IOF sobre o rendimento.
  • Na maioria dos casos, o imposto é retido automaticamente, sem exigir ação direta do consumidor.

Como o IOF impacta seu bolso?

  • Empréstimos: o valor total a pagar inclui juros + IOF, aumentando o custo da dívida.
  • Câmbio/cartões internacionais: o IOF de 3,5% torna compras e saques no exterior mais caros.
  • Investimentos de curto prazo: o imposto reduz o ganho, especialmente se o resgate for feito antes de 30 dias.
  • Seguros: eleva o valor das apólices, impactando o planejamento financeiro de famílias.

Como se proteger de flutuações?

  • Planeje empréstimos: leve em conta o IOF ao comparar ofertas.
  • Avalie o câmbio: considere o IOF de 3,5% em compras ou remessas internacionais.
  • Evite investimentos de curtíssimo prazo, pois o IOF pode consumir boa parte dos lucros.
  • Negocie apólices: verifique se o IOF está incluso e ajuste seu orçamento.

Cuidado com golpes do IOF

A Receita Federal alerta que existem golpes que cobram IOF via Pix, falsificando boletos ou cobranças. O IOF só pode ser pago pelo emissor da operação (banco, corretora etc.) via DARF, nunca diretamente pelo consumidor. Se receber cobranças suspeitas, denuncie à polícia e evite qualquer pagamento irregular.

Alterações recentes nas regras

  • Entre maio e junho de 2025, o governo ajustou o IOF:
  • Unificou a alíquota de câmbio/em internacional em 3,5%.
  • Elevou o IOF para empresas, igualando-os ao patamar das pessoas físicas, com teto de 3,95% ao ano.
  • Instituiu cobrança de 5% nos aportes mensais acima de R$ 50 000 em VGBL.

Essas medidas têm impacto direto no orçamento de empresas e investidores, reforçando a importância de planejar com atenção.

O IOF é um imposto onipresente nas finanças do dia a dia, mas muitas vezes esquecido. Saber sua aplicação e impacto é fundamental para tomar decisões conscientes, seja ao pegar empréstimos, investir, contratar seguros ou viajar.

Fique atento às alíquotas atualizadas, evite armadilhas de golpe e inclua o IOF em seu planejamento financeiro para evitar surpresas desagradáveis.

Palavras-chave IOF dinheiro imposto

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