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São Paulo, 12/09/2025 - As mulheres estão empreendendo mais. Segundo a pesquisa Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2024, que ouviu empreendedores de 51 países e que no Brasil é realizada com apoio do Sebrae, houve forte recuperação das mulheres como proporção dos “Empreendedores Iniciais”, passando de 40,2% em 2023, para 46,8% em 2024. A pesquisa também mostrou um recorde de participações das faixas etárias de 35-44 anos (30,8%) e de 55-64 anos (13,3%) este ano, ante 26,9% e 8% em 2023, respectivamente.
O levantamento mostra ainda que 84% dos empreendedores ganham até seis salários mínimos, 56,6% são negros e a principal motivação para o aumento do empreendedorismo é por necessidade (44,2%), o que reflete as desigualdades estruturais.
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Os dados identificaram que o interesse em empreender nos próximos três anos subiu entre aqueles que ainda não são empreendedores, passando de 48,7% em 2023 para 49,8% em 2024. A autoconfiança na capacidade de iniciar um negócio também apresentou avanços, subindo de 65,9% para 67,4%, assim como a percepção de que é fácil empreender no Brasil, que cresceu 3 pontos porcentuais, de 43,1% para 46,1%.
Por outro lado, foi observada uma leve diminuição na percepção de oportunidades de negócios, de 65,4% para 64,5%, acompanhada de um aumento no medo do fracasso, que subiu 3 pontos porcentuais. Atualmente, mais da metade da população indica que não iniciaria um empreendimento devido a esse receio.
Mas, apesar do receio, o sonho de “ter o próprio negócio” mantém-se entre os mais mencionados pela população. Foram 34,3% dos brasileiros afirmando que abrir um negócio próprio está entre os seus três principais sonhos, ficando atrás apenas do sonho da casa própria e de viajar pelo Brasil. Vale observar que desde 2020, o sonho de “ter o próprio negócio” manteve-se, sempre, oscilando entre a segunda ou terceira colocação deste ranking.
O levantamento ressalta ainda que, embora o entusiasmo e a disposição da população sejam elementos essenciais e positivos para o empreendedorismo, eles representam apenas uma parte dos fatores necessários para que a atividade empreendedora desempenhe seu papel na sociedade e na economia do país.
É fundamental que os empreendedores iniciem seus negócios por motivos que vão além da mera sobrevivência, alcancem o sucesso e tenham acesso às condições que possibilitem essa realização, avalia o estudo.
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