São Paulo, 20/07/2025 – Um estudo sobre a evolução dos meios de pagamentos no comércio eletrônico no Brasil aponta que nos últimos cinco anos o
Pix passou a estar presente em 100% na etapa final de pagamentos (checkouts) monitorados, acompanhando o percentual de presença do cartão de crédito em todas as plataformas. Os dados são de levantamento recente realizado pela
Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net), em parceria com a consultoria Gmattos.
Outra mudança marcante observada nesse mercado foi nas operações que permitem o parcelamento fora do cartão de crédito, conhecidas como compre agora e pague depois (BNPL, na sigla em inglês). Esse tipo de operação, que em 2021 nem era considerada uma opção para os clientes, hoje já é oferecida em 61% dos sites.
A rápida
modernização dos meios de pagamento também é comprovada em avanços, como a
tokenização, que é o processo de transformação de ativos físicos em digitais, e o Click to Pay, acrescenta a camara-e.net. Em paralelo, o declínio de métodos mais tradicionais, como boleto bancário, cuja participação no mercado passou de 81% em 2021 para 32,2% em 2025, confirmam essa análise.
Na visão do Comitê de Meios de Pagamento e Antifraude da camara-e.net, a rápida evolução das soluções digitais fortalece todo o ecossistema de pagamentos online. E esse avanço, segundo a entidade, só foi possível por conta da base sólida construída pelo próprio Pix. “A competição virou uma alavanca de modernização”, acrescenta o Comitê.
Crescimento exponencial
A adoção massiva do Pix, segundo a entidade, não apenas simplificou a jornada de compra dos consumidores, como veio a dinamizar o mercado de pagamentos ao impulsionar um ambiente mais competitivo. De acordo com Gastão Mattos, conselheiro da camara-e.net, esse movimento foi importante para estimular um novo ciclo de inovação no setor. “O levantamento evidencia que o Pix não apenas facilitou a experiência do consumidor, mas também dinamizou o mercado de pagamentos, possibilitando o surgimento de novos modelos e mais agilidade para os negócios”, avalia.
Para Mattos, sem o PIX, o parcelamento fora do cartão de crédito (BNPL) dificilmente teria alcançado a tração atual.
Realizado desde 2021, a pesquisa acompanha, a cada dois meses, a jornada de compra em 59 grandes lojas online brasileiras. A metodologia inclui simulações reais de compra, com análise da oferta de pagamentos via cartão de crédito, débito, Pix, carteiras digitais, boleto e parcelamentos alternativos como o BNPL.