São Paulo, 16/09/2025 - A participação dos proprietários de motocicletas no mercado de seguros brasileiros tem crescido consideravelmente neste ano, segundo dados do novo Mapa de Seguros lançado pela Serasa nesta terça-feira. Em agosto, segundo o indicador, 59% das buscas das cotações foram direcionadas para automóvel e 41% para motocicletas. Em agosto do ano passado essa relação estava em 72% (automóvel) e 28% (motocicletas).
O índice de preço do seguro de automóvel (IPSA), desenvolvido pela TEx, braço da Serasa Experian voltado ao mercado de seguros, representa a porcentagem que valor do seguro em relação ao valor do bem. Em agosto, ele ficou em 5,2%, indicando queda de 7,1% no comparativo anual. Já o IPSM, que monitora os preços de seguros para motos, ficou em 9,7%, revelando alta de 4,3% na mesma base de comparação.
Em relação ao mês de julho, o IPSA subiu 2% e o IPSM caiu 4%, acrescenta a Serasa. "Os números indicam que os brasileiros estão buscando formas de mobilidade que sejam mais baratas. Não só de locomoção, mas de manutenção também, o que tem favorecido o mercado de motos", destacou Emir Zanatto, CEO da TEx, durante live para divulgação da pesquisa.
Perfis específicos
Segundo o levantamento, a cotação de automóveis concentra homens casados, entre 36 e acima de 55 anos. Já o das motocicletas é majoritariamente solteiro, com idades entre 26 e 45 anos. Segundo Thais Pfeiffer, diretora de seguros da Serasa, essa é uma distribuição que reflete momentos de vida distintos. "O carro ainda é muito associado a estabilidade, família. Em geral, é um público mais velho", observa.
Fonte: Serasa Experian
Por faixa de renda, o perfil do brasileiro que busca de seguro para automóvel tem renda mais concentrada entre R$ 3.037 e R$ 4.554. Entre os motociclistas a faixa que predomina é de R$ 1.519 a R$ 3.036. Nos dois públicos, apesar da distância entre as rendas, a preocupação com a saúde financeira prevalece, visto que 74% dos interessados em seguros de automóveis e 80% dos de motocicletas estão em dia com suas contas.
Além disso, mais de 70% dos consumidores têm pontuação de crédito considerada “boa” ou “excelente” – acima de 500 e 700 pontos, respectivamente.
Público acima de 46 anos predomina
No âmbito das cotações de novos contratos, as de automóveis passaram de 47% para 53%, enquanto a de motocicletas se observou um avanço de 78% para 82%. Tal crescimento, segundo a Serasa, deixa claro a expansão do mercado e a busca crescente por proteção para motocicletas.
No recorte por faixa etária, o público acima de 56 anos é o segundo que mais contrata seguro para carro, concentrando 23,9% das contratações, perdendo apenas para o público da faixa de 36 a 45 anos, com 28,7%. Os brasileiros 46 a 55 anos também representam uma parcela considerável desse mercado, com 22%. "O público acima de 46 anos é o que mais contrata, renova, é o menos sensível ao valor, além de apresentar mais fidelidade a sua seguradora", observa Zanatto.
No perfil por gênero, os homens ainda predominam nos dois segmentos, concentrando 63,8% dos contratos para veículos e 66,6% dos contratos para motos.
“A popularização dos aplicativos de mobilidade ampliou as opções de transporte, levando o consumidor a avaliar o custo-benefício entre carro próprio, moto ou transporte por aplicativo. Nesse cenário, a moto se consolidou como uma alternativa prática e acessível, tanto para deslocamento diário quanto para geração de renda”, afirma Zanatto.
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